Mário Couto responsabiliza governadora Ana Júlia Carepa por morte de 22 bebês no Pará
O senador Mário Couto (PSDB-PA) manifestou nesta terça-feira (1º) sua preocupação com a situação da Santa Casa de Misericórdia do Pará, onde morreram 22 bebês nas últimas duas semanas. Ele lembrou que, desde que chegou ao Senado, foi mal interpretado e advertido por outros senadores sobre o equívoco em que poderia estar incorrendo ao fazer oposição cerrada à governadora do Pará, Ana Júlia Carepa.
- Hoje está aí, evidente e claro, que eu tinha as minhas razões. Até o presidente Lula tinha razão quando perguntaram a ele o que esperava do governo de Ana Júlia Carepa: um desastre anunciado. Eu não posso me calar diante desses fatos lamentáveis - disse o senador, acrescentando que os acontecimentos no Pará são resultado de irresponsabilidade e incompetência administrativa.
Mário Couto lembrou a sucessão de escândalos no estado do Pará envolvendo os setores de saúde e de segurança pública, assinalando que a governadora Ana Júlia Carepa iniciou seu mandato "contratando cabeleireiros como assessores do seu gabinete". Em seguida, continuou o senador, houve um escândalo internacional com a descoberta de uma menina de 12 anos de idade presa com dezenas de homens numa cela de delegacia, onde foi repetidamente estuprada e agredida. O senador ressaltou que nenhum dos responsáveis está respondendo pelo crime.
- E pior: enquanto isso acontecia, a nossa governadora estava dançando Carimbó aqui no Senado Federal. Parecia que nada estava acontecendo no estado do Pará. Como se não bastasse tudo isso, agora um novo escândalo internacional: são 22 bebês mortos em duas semanas na Santa Casa de Misericórdia. Será que nada vai acontecer? Será que nenhuma providência vai ser tomada? Será que aqueles que devem ser responsabilizados não vão ser responsabilizados? - indagou.
Mário Couto lembrou ainda que já havia feito dois pronunciamentos "contundentes" denunciando o desleixo com que estava sendo tratada a Santa Casa de Misericórdia do Pará. Ele lamentou que ninguém tenha dado "a menor importância" às denúncias.
01/07/2008
Agência Senado
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