Mário Couto volta a denunciar descaso com hospital em Santarém
Construído e inaugurado há um ano e três meses, um dos maiores hospitais do Pará, localizado em Santarém, aguarda providências da governadora Ana Júlia Carepa (PT) para começar a funcionar. A denúncia foi feita mais uma vez, nesta quarta-feira (16), pelo senador Mário Couto (PSDB-PA), referindo-se ao Hospital Regional do Oeste, uma unidade de média e alta complexidades.
Munido de fotos do hospital, o parlamentar forneceu detalhes sobre as possibilidades de atendimento daquela unidade de saúde, na qual a pediatria, por exemplo, estaria preparada para atender às necessidades de uma região de aproximadamente 600 mil habitantes.
De acordo com o senador do PSDB, embora a governadora tenha obtido 78 mil votos naquela cidade, estaria agindo de forma partidária ao não inaugurar e pôr o hospital em funcionamento. É que, no entendimento do parlamentar, a obra foi herdada do antecessor de Ana Júlia, o ex-governador Simão Jatene, do mesmo partido de Mário Couto.
- Toda vez que falo da governadora do Pará, dizem que o senador está falando mal. Não pensem assim paraenses. Estou defendendo o meu estado. Vim para cá exatamente para isso. Ninguém vai calar minha boca. Por ódio político, por rancor em seu coração, a governadora não põe o hospital para funcionar - declarou.
Mário Couto chegou a classificar como "castigo" a morte, por infarto, do vice-prefeito de Santarém, Delano Riker Teles de Menezes (PDT), de 61 anos. Depois de passar mal, ele foi atendido no Hospital Municipal de Santarém (HMS), em 13 de março.
- Se esse hospital [regional] estivesse funcionando, com médicos equipados, ele não teria morrido - acredita o senador.
O representante do Pará acusou também a prefeita de Santarém, Maria do Carmo (PT), de não ter "absolutamente nenhuma capacidade para administrar a cidade". Embora tenha prometido resolver o problema do hospital regional, o senador duvida dessa hipótese, em face de alegados maus resultados de outras ações de saúde já empreendidas pela prefeita.
O parlamentar mostrou-se cético ainda em relação à promessa do secretário estadual de Saúde, Halmélio Alves Sobral Neto, que, em audiência pública na Assembléia Legislativa, prometeu abrir o hospital, construído ao custo de R$ 95 milhões, dentro de dois meses.
Mário Couto finalizou seu discurso chamando a atenção para entrevista com o bispo de Marajó, D. José Luiz Ascona, na qual o religioso afirma que "o estado está ingovernável". Entre os problemas apontados pelo religioso, destacam-se a exploração sexual infantil e o narcotráfico.
16/04/2008
Agência Senado
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