Marisa não aceita que mulher no poder reproduza práticas históricas dos homens
A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) lamentou que a lei de 1996, que estabelececota mínima de 30% para mulheres nas vagas eletivas proporcionais (deputados federais, estaduais e vereadores) não esteja funcionando como se esperava. Os partidos não estão conseguindo preencher as cotas. Marisa perguntou também por que as mulheres têm feito o mesmo jogo político dos homens, em vez de instituir novos padrões éticos.
Para a senadora tucana, as mulheres esperam mais, e não aceitam que uma mulher chegue à Presidência da República para repetir as mesmas práticas históricas que o Brasil tem visto. "As mulheres não podem ser apêndices dos homens, não podemos assumir essas alianças questionáveis, essas éticas momentâneas, esses acordos obscuros", disse. Marisa Serrano homenageou a senadora Marina Silva (AC), pré-candidata do PV à presidência da República, e lembrou d. Ruth Cardoso, mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, já falecida, e que presidiu o Comunidade Solidária, programa de ação social no governo do marido:
- Ruth Cardoso fez, sim, mudanças no país, em favor de minorias, era uma empreendedora, criou projetos sociais - disse. A senadora disse também duvidar que as mulheres brasileiras aceitem o político, homem ou mulher, que queira o poder pelo poder, sem metas, projetos. "O voto não deve se basear em raça, gênero, crença religiosa. O voto tem que ser dado levando-se em conta os projetos, as idéias, a capacidade, a experiência e o passado do candidato. Não o que estamos vendo aí", disse.
09/03/2010
Agência Senado
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