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- A gente cansa depois de uma semana como esta, mas jogar a toalha, não. Eu sou muito otimista. Às vezes, a gente baqueia um pouquinho, mas dá para ir. Essa CPI continua enquanto houver trabalho a ser feito. Não sei se entram os nossos requerimentos ou não. Então eu espero até a semana que vem, faço uma reunião com o vice-presidente e o relator e decido os rumos da CPI a partir dos fatos que nós tivermos. Se até o meio da semana que vem não tiver nenhuma mudança, aí nos reunimos e decidimos o futuro. Eu acredito que, com os depoimentos muita coisa, pode acontecer - avaliou.

Marisa Serrano lembrou que a CPI tem prazo até o dia 8 de junho e que o relator vai lhe dizer o tempo que precisa para entregar seu parecer. Admitiu também acatar decisão do plenário da comissão dando mais tempo ao relator, caso seja necessário.

Em relação ao episódio envolvendo o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), apontado pelo jornalista Ricardo Noblat como responsável pela divulgação do dossiê sobre os gastos sigilosos com cartões corporativos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de sua esposa, Ruth Cardoso, a presidente da CPI chegou a admitir que o caso poderia ser discutido pela comissão. Mas ponderou, em seguida, que os trabalhos de investigação se baseiam em depoimentos e documentos.

- Se ele pegou ou não o dossiê, isso não é uma questão a ser investigada pela nossa CPI. A nossa CPI investiga os cartões corporativos - esclareceu.

Marisa Serrano disse ter feito ainda, nesta quarta-feira (2), proposta ao presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Walton Alencar Rodrigues, em relação à liberação dos relatórios sobre abusos no uso de cartões de crédito corporativos pelo governo federal.

- O TCU ficou de estudar. Já foi uma abertura e eu espero que nos dê, brevemente, a resposta - concluiu.

Ricardo Icassatti / Agência Senado

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