Marisa Serrano quer aperfeiçoamento do combate ao tráfico de drogas no Brasil



Ao discursar nesta terça-feira (9), a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) disse que o Brasil precisa aperfeiçoar a legislação e as ações de combate ao tráfico de drogas.

- Esse é um problema sério, que precisamos atacar pensando no futuro, porque, entre os jovens, no nosso país, já adquire uma feição trágica e cada vez mais absurda - disse.

A senadora disse que, em março de 2009, a Organização das Nações Unidas (ONU) começará a debater uma nova política internacional de combate às drogas. Para ela, já está na hora de o Brasil também começar o debate desse assunto.

- Esse flagelo é cada dia mais grave. Como fazer para que os traficantes não dominem a paisagem brasileira, para que a cada dia não tenhamos mais usuários de drogas no país? Para isso tudo, temos que ter uma política preventiva - afirmou a senadora.

Marisa Serrano disse que, em março de 2008, o sítio Contas Abertas divulgou que 2007 foi o ano em que o governo federal menos gastou com a parcela jovem da população brasileira. Naquele ano, continuou a senadora, os programas para a juventude contabilizaram R$ 2,5 bilhões no Orçamento da União, mas apenas R$ 1,8 bilhão foram aplicados.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acrescentou, mostra que 50 milhões de brasileiros têm entre 15 e 29 anos, mas apenas 3,5% dos jovens entre 20 e 24 anos chegam às universidades brasileiras.

- São muitos jovens analfabetos que não chegam às universidades e que mostram que são fáceis de serem capturados pelos traficantes - disse Marisa Serrano, que criticou o governo federal por contingenciar recursos destinados à juventude. 

Tragédia em Santa Catarina

Marisa Serrano também prestou solidariedade à população de Santa Catarina, atingida por enchentes recentemente. Para a senadora, os estragos poderiam ter sido menores se os governantes "tivessem feito a sua parte".

- O investimento em prevenção nos anos anteriores chegou a ser igual a zero - disse.

A senadora acredita que os gastos dos governos federal, estadual e municipais com a reconstrução de cidades destruídas por enchentes seriam menores se a administração pública "tivesse feito todas as obras de prevenção a desastres". Obras estas, acrescentou, previstas no Orçamento da União, no Programa de Prevenção e Preparação de Emergência e Desastres.

- Só para se ter uma idéia, no Orçamento deste ano, o governo reservou, para essas obras, R$360 milhões. Segundo o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), que acompanha a administração financeira do governo, pagou-se, efetivamente, apenas R$ 43 milhões, ou seja, 12% do que estava previsto. Essa é uma verdadeira catástrofe, porque não depende da natureza, depende da vontade política das pessoas investirem naquilo que é prevenção - afirmou, ressaltando que o contingenciamento também ocorre nos Programas de Prevenção às Secas, também previsto no Orçamento.



09/12/2008

Agência Senado


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