Para Marisa Serrano, combate à criminalidade também inclui ressocialização dos presos



Ao abordar a questão da criminalidade, em discurso nesta terça-feira (3), a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) defendeu ações de caráter preventivo que tratem de temas como a superlotação das cadeias e o processo de ressocialização de presos. Ela também informou que a população de seu estado está "extremamente incomodada" com a transferência de detentos de alta periculosidade, provenientes do Rio de Janeiro, para Mato Grosso do Sul.

Para destacar o problema da superlotação, Marisa Serrano lembrou que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Câmara para investigar o sistema carcerário do país concluiu, no ano passado, que faltavam 180 mil vagas para os presos.

- E o Pronasci [Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, do Ministério da Justiça] anunciou a construção de presídios para mais 40 mil vagas - disse ela, acrescentando que "de 40 mil para 180 mil há uma grande distância".

A senadora questionou como, nessas condições, "com superlotação, casos de tortura e rebeliões" pode ocorrer uma adequada ressocialização dos detentos.

- Eles saem de lá piores - lamentou ela.

Marisa Serrano disse que é necessária uma "ação multiplicadora que trate da prevenção, da repressão e, principalmente, da difusão de uma cultura de paz". Entre as ações de prevenção, ela citou a garantia de "boa educação, saúde e mobilidade social para o povo". Quanto ao Pronasci, a parlamentar avaliou que o programa "avançou muito pouco" em seus dois anos de existência.

Mato Grosso do Sul

Ao recordar que dez traficantes de drogas "de alta periculosidade" foram transferidos do Rio de Janeiro para Mato Grosso do Sul, a senadora ressaltou que, de acordo com a imprensa, várias residências próximas a essa penitenciária estão sendo vendidas ou alugadas para parentes e "funcionários dos chefões que estão presos lá".

- Eles fazem da cadeia seu escritório particular, de onde dão ordens e continuam a praticar crimes - protestou ela.

Marisa Serrano afirmou que, dessa forma, "é natural" que seu estado se sinta incomodado com o fato de receber esses criminosos.



03/11/2009

Agência Senado


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