Marisa Serrano quer criar Fundo de Desenvolvimento dos Municípios de Fronteira



Está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), aguardando designação de relator, proposta de emenda à Constituição da senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), a PEC 6/09, que cria o Fundo de Desenvolvimento dos Municípios de Fronteira. A senadora propõe destinar 0,5% da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o fundo a ser criado.

Além de criar o Fundo de Desenvolvimento dos Municípios de Fronteira, a PEC apresentada por Marisa Serrano aumenta de 48% para 48,5% a parcela destinada aos Fundos de Participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM), e aos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO). Esse meio ponto percentual adicional será justamente a parcela que caberá ao Fundo de Fronteira.

"A PEC visa a promover o desenvolvimento da fronteira do Brasil com os países da América do Sul. Mas não almejamos a melhoria da renda e do emprego apenas para os brasileiros. Pelo contrário, buscamos o desenvolvimento de nossas cidades fronteiriças, situadas junto à linha divisória terrestre do território brasileiro, de modo que possam desempenhar o papel de pólos regionais e, assim, influenciar as transformações sociais e econômicas das áreas adjacentes situadas nos países vizinhos",justifica Marisa Serrano.

Simulação encomendada pela senadora constatou que se sua proposta já estivesse vigorando em 2009, o fundo arrecadaria R$ 1,2 bilhão. A região de fronteira no Brasil abrange 15.719 quilômetros de linha divisória terrestre em 11 unidades da federação e abriga 10 milhões de habitantes. Marisa observa que a principal marca da fronteira brasileira é a diversidade. Um terço de sua extensão é localizado em terras indígenas, enquanto há diversas cidades que se separam de outros países por apenas uma rua.

"Municípios brasileiros enfrentam problemas decorrentes da vizinhança de cidades onde o governo de seus países lhes concede regime fiscal especial. Nestas situações de competição desigual, a isenção de impostos atrai os brasileiros para o setor de comércio e serviços das cidades do outro lado da Fronteira, o que esvazia economicamente o lado brasileiro onde os impostos são cobrados integralmente", explica Marisa Serrano.



03/04/2009

Agência Senado


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