Marluce quer que Dia da Mulher seja de luta contra a desigualdade
No Brasil, disse Marluce, informações oficiais mostram que, apesar do aumento da força de trabalho, as mulheres continuam a receber 25% menos do que os homens em trabalhos correlatos, e somente um terço das trabalhadoras brasileiras possuem carteira assinada. No trabalho informal, disse a senadora, onde a presença feminina é superior a 60%, e no campo, onde 50% dos trabalhadores são do sexo feminino, os benefícios mínimos garantidos constitucionalmente são praticamente desprezados.
Segundo a senadora por Roraima, informações colhidas em delegacias, presídios e centros de reabilitação das cidades mostram que cerca de 500 mil mulheres, anualmente, sofrem algum tipo de agressão física, dentro ou fora do lar, com altíssimo percentual de lesões corporais. "A situação é mais grave quando se sabe que 95% dos casos de agressões a menores são praticados contra crianças do sexo feminino", disse.
Ao concluir seu pronunciamento, Marluce Pinto conclamou os parlamentares brasileiros a lutar pelo respeito ao artigo 5º da Constituição: "Todos são iguais perante a lei". Para ela, as injustiças que persistem contra as mulheres representam entulhos de um sistema dominante falido que alguns insistem em conservar.
14/03/2001
Agência Senado
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