MARLUCE PINTO APONTA VIOLÊNCIA CONTRA MULHER



A senadora Marluce Pinto (PMDB-RR) afirmou hoje (dia 10), na homenagem do Senado ao Dia Internacional da Mulher, que essa data também serve para evitar um erro em que incidem alguns povos, os quais, literalmente, violentam a dignidade humana, considerando a mulher em plano subalterno, sem condições de influenciar nas decisões maiores que regem os destinos da sociedade política.

De acordo com a senadora, ainda sobrevive uma consciência machista que relega a mulher a um segundo plano e que insiste em fazer valer antigo conceito de que mulher é para criar filhos e administrar cozinha.

Marluce Pinto citou dados da ONU mostrando que as mulheres representam 70% dos pobres do mundo e somam dois terços do contingente de analfabetos do planeta. A senadora lembrou, ainda, que conforme dados da ONU, dos 30 milhões de refugiados em virtude de conflitos armados existentes no mundo, 23 milhões são do sexo feminino.

No Brasil, conforme a senadora, a marca da presença feminina está se fazendo em todos e quaisquer setores de trabalho, com reflexos altamente positivos onde ela se inclui. No entanto, conforme a senadora, a média salarial das trabalhadoras brasileiras chega a até 60% a menos do que a dos homens em serviços correlatos.

Marluce Pinto destacou dados do Ministério do Trabalho segundo os quais, entre outubro de 1996 e setembro de 1997, das 230 mil vagas geradas no país e que exigiam o 2º grau completo, mais da metade das vagas foi ocupada pelas mulheres.

Marluce Pinto disse que as mulheres superaram os homens nas vagas de nível superior, onde 83% dos cargos de dentistas, médicos e veterinários foram preenchidos pelas mulheres. A senadora citou reportagem da Revista Veja que, citando estatísticas, informou que tendo por base o estado de São Paulo, a participação da mulher na população economicamente ativa do país teve um aumento de 30% nos últimos 4 anos.

Na política, Marluce Pinto disse que, à exceção do cargo de presidente da República, as mulheres ocupam todos os demais cargos, com evidência para as vereadoras que, nos últimos 4 anos, cresceram em 100% na conquista das cadeiras oferecidas nos Legislativos municipais.

A senadora, no entanto, lamentou dados colhidos em delegacias, presídios e centros de reabilitação mostrando que 450 mil mulheres, anualmente, sofrem algum tipo de agressão física, dentro e fora do lar, com altíssimo percentual de lesões corporais.



10/03/1998

Agência Senado


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