Marta Suplicy rebate previsões pessimistas para economia brasileira




A senadora Marta Suplicy (PT-SP) discordou, nesta quarta-feira (9), das previsões pessimistas sobre a economia que surgiram após a divulgação do Produto Interno Bruto do terceiro trimestre do ano e de números mais recentes da atividade econômica. De acordo com os críticos, há risco de "estagflação", que significa forte retração da atividade produtiva ao mesmo tempo em que a inflação se mantém alta.

- Uma das razões pelas quais discordo dessa visão pessimista no caso brasileiro é de natureza estrutural e diz respeito ao nosso atual modelo de crescimento. Não é fácil realizar o desafio a que nos propusemos há alguns anos, que é o de crescer de forma sustentável com mais inclusão social e redução da pobreza - afirmou a senadora.

Para ela, economias que têm obtido bom desempenho no mundo, como é o caso da China, não apresentam o mesmo nível de proteção ambiental do Brasil, trabalhista e social, o que reduz o custo da atividade empresarial. Segundo Marta, esse modelo proporciona bons resultados econômicos, mas custa caro para a população. A redução na carga tributária, segundo a senadora, também poderia fazer com que o Brasil crescesse mais, porém de maneira mais desigual.

Além disso, a senadora citou o fato de boa parte da alta da inflação se dever ao grupo de serviços, um dos principais componentes dos índices. O crescimento desse grupo, segundo a senadora, é influenciado pela política de valorização do salário mínimo.

- Isso reflete um processo comum aos países mais desenvolvidos e menos desiguais: o realinhamento de preços relativos, com valorização crescente do trabalhador.

Além das razões estruturais para o otimismo, a senadora citou a conjuntura econômica. Para ela, o desaquecimento no Brasil ocorre de forma mais saudável e bem planejada que nas principais economias mundiais, com números positivos no emprego e na renda. Os resultados fiscais também foram lembrados pela senadora, que comparou os números aos de outros países e disse que o bom resultado fiscal se deu com a manutenção do ritmo de investimento público.



09/11/2011

Agência Senado


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