Mauro Miranda alerta para erosões em Goiás
A falta de continuidade administrativa e o descaso em relação ao programa prioritário de recuperação das nascentes do Araguaia foram apontados pelo senador Mauro Miranda (PMDB-GO) como as razões das inúmeras voçorocas (desmoronamento resultante de erosão subterrânea) que ameaçam o meio ambiente e os habitantes do cerrado goiano.
Ao lembrar que, na semana passada, foi comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, o senador salientou que o mais grave é que as autoridades ambientais ainda não produziram um inventário completo das voçorocas existentes em Goiás, -muito embora os pescadores, barqueiros, agricultores e pecuaristas já saibam, por dolorosa experiência própria, que elas começam, lenta mas incessantemente, a inviabilizar o nosso Araguaia-.
De acordo com o senador, entre as nascentes do Araguaia e o alto Taquari (em Mato Grosso), estudo da Universidade de Goiás já identificou nada menos que 97 erosões, muitas delas de dimensões assustadoras.
Mauro Miranda citou convênio com a Fundação Emas para programa de controle das voçorocas, para o qual estava prevista a liberação inicial de recursos da ordem de R$ 450 mil, no período em que Gustavo Krause era ministro do Meio Ambiente:
- Infelizmente, como informa O Popular (jornal de Goiânia) de ontem, apenas R$ 159 mil foram gastos porque o convênio não foi prorrogado.
De acordo com o senador, à semelhança do que ocorreu com o controle das erosões, vários parques estaduais ainda não foram totalmente implantados por falta de dinheiro, mas também de vontade política. A efetivação do Parque de Terra Ronca, por exemplo, no nordeste goiano, depende do desembolso de R$ 15 milhões para indenizar os proprietários da área, informou o senador.
10/06/2002
Agência Senado
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