MAURO MIRANDA CONDENA EXCLUSÃO DE GOIÁS E DO DF DA ROTA DO GASODUTO BRASIL-BOLÍVIA
A decisão do Ministério das Minas e Energia de não estender a Goiás e ao Distrito Federal o gasoduto Brasil-Bolívia foi criticada nesta quarta-feira (dia 25), em plenário, pelo senador Mauro Miranda (PMDB-GO). Ele disse que não se pode aceitar um ato "burocrático e unilateral" prejudicial ao desenvolvimento de Goiás, lamentando que o governador Marconi Perillo pareça estar conformado, dada a sua falta de reação.Mauro Miranda disse que a quebra do compromisso de levar o gasoduto até Goiás compromete não apenas o ministério, mas a imagem de todo o governo. A decisão teria sido tomada com base num argumento inconsistente, conforme o senador: Goiás e o DF não teriam demanda suficiente para compensar os investimentos. Para Mauro Miranda, não há demanda porque não existe o gás.- Afinal, estamos sob que governo? O que quer o desenvolvimento, ou o que quer perpetuar o subdesenvolvimento? Se quer desenvolver o Centro-Oeste, o gasoduto é indispensável - afirmou.Mauro Miranda estranha que Goiás e o DF venham a ser as duas únicas unidades federativas das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste desprovidas de um insumo fundamental para a promoção do desenvolvimento."Já temos o problema secular do custo de transportes a comprometer a competitividade dos nossos produtos", lamentou o senador. Conforme Miranda, do ponto de vista técnico, há convicção firmada de que o gás natural (comparado com o carvão, a energia hidrelétrica, o álcool e derivados de petróleo) é a mais barata de todas as fontes energéticas que podem incrementar um processo de industrialização como o que está ocorrendo em Goiás.
25/08/1999
Agência Senado
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