MAURO MIRANDA RECOMENDA REJEIÇÃO DE "PRATOS PRONTOS" DE AGÊNCIAS INTERNACIONAIS



O relacionamento das autoridades brasileiras com os organismos financeiros internacionais, "com marcante influência em nossos destinos", precisa ser reavaliado, defendeu o senador Mauro Miranda (PMDB-GO), que recomendou a rejeição a receitas de "pratos prontos".
- O Banco Mundial colecionou e tornou patente seu fracasso estrutural. A receita do FMI também não está representando um remédio eficaz para nossos problemas. Por isso, temos que cuidar de nosso caminho e não esperar que outros o façam, porque tenho a certeza de que não o farão - disse.
Na avaliação do senador, o receituário do FMI conduziu o Brasil a um déficit externo superior a 5% do PIB, índice que não ocorria desde 1982 e que gera desconfiança da comunidade internacional quanto à capacidade de o governo brasileiro honrar seus compromissos a longo prazo. A política de altas taxas de juros, acrescentou, negociada no contexto do último acordo firmado entre o Brasil e o FMI, revelou-se "altamente negativa para os esforços de desenvolvimento, uma vez que o capital produtivo está sendo direcionado para o mercado financeiro e os produtores não têm acesso ao crédito, por ser proibitivo, para financiar seus projetos de expansão".
O Banco Mundial, que há 50 anos se encarrega de construir uma política mundial de combate à pobreza, divulgou recentemente relatório que pode ser sintetizado na seguinte frase, conforme Mauro Miranda: "O mundo está perdendo a guerra contra a pobreza". Os dados trazidos a público demonstram, na opinião do senador, que as políticas propostas pelo Banco Mundial não foram adequadas.

28/09/1999

Agência Senado


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