MAURO MIRANDA SAÚDA PACOTE ANTIVIOLÊNCIA MAS AFIRMA QUE ELE VEIO TARDE



Mesmo reconhecendo méritos no Plano Nacional de Segurança Pública, lançado esta semana pelo governo, o senador Mauro Miranda (PMDB-GO) condenou a lentidão do Executivo em apresentar medidas de combate à violência.
- Não posso deixar de lamentar que, por demorar tanto e por ignorar as causas da violência, o governo combata agora os efeitos - disse.
Na avaliação do senador, a sociedade brasileira vive uma crise de cidadania, ao conviver com a diariamente com a violência, cujas raízes são sociais: desemprego, falta de assistência de saúde, de transportes, redução de poder de compra dos salários e escassez de moradias.
- O Plano é um sinal alentador de que o governo está caminhando na direção certa, ao agir no aperfeiçoamento dos sistemas de repressão, e ao anunciar mais de cem medidas diferentes para combater a criminalidade. Mas as grandes decisões sociais, de caráter preventivo, continuam guardadas num escaninho invisível de possibilidades futuras - analisou.
O senador mencionou relatório recente da Organização Mundial de Saúde que coloca o Brasil no 125° lugar no ranking internacional de saúde pública. Para ele, a colocação é injustificável para um país que ostenta a décima economia do mundo. Agravam este quadro, acrescentou, os recentes cortes de mais de R$ 7 bilhões feitos pela equipe econômica no orçamento das áreas sociais.
Apesar de reconhecer as dificuldades que o governo tem para viabilizar o ajuste fiscal e cumprir as metas acertadas com o FMI, Mauro defende uma solução política que altere radicalmente a agenda de compromissos do Brasil com a população mais pobre.
- Uma dessas alternativas é a renegociação do serviço da dívida e o alongamento dos prazos, para que sobre um pouco para os programas sociais e para a redução das verdadeiras causas de violência pública - disse.

23/06/2000

Agência Senado


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