Meio Ambiente: Botucatu é sede de comitê que discute o Aqüífero Guarani



Discussões trataram da divulgação de informações sobre a mais importante reserva subterrânea de água doce da América do Sul

O Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Sorocaba e Médio Tietê realizou, na última semana, a Jornada Estadual Aqüífero Guarani, no Teatro Municipal de Botucatu. As discussões trataram da divulgação de informações sobre a mais importante reserva subterrânea de água doce da América do Sul e de definição de estratégias para a sua utilização e proteção. A cidade que recebeu o evento está localizada na área do aqüífero. Durante o encontro, houve apresentação de exemplos de utilização da reserva em alguns municípios (Araraquara, Marília, Fernandópolis e Olímpia), exibição da exposição Água Brasílis, da Estação Ciência da USP, e visita de campo a locais de afloramento do aqüífero. A mesa-redonda com representantes do Sistema Estadual de Recursos Hídricos e da coordenação do projeto debaterá idéias e propostas de melhoria da gestão do manancial.

O professor da USP Ricardo Hirata abriu o evento abordando a necessidade de conhecimento atual e os desafios da gestão da reserva subterrânea de água doce. O encontro teve a participação de estudiosos da Unicamp e da Unesp, de especialistas da Cetesb e da Secretaria do Meio Ambiente. No evento foram apresentados os resultados parciais do Projeto de proteção ambiental e desenvolvimento sustentável do Aqüífero Guarani, que abrange 16 comitês de bacias hidrográficas. A jornada estadual e os comitês fazem parte desse programa.Reserva estratégica - No Brasil, o Aqüífero Guarani se estende pelos Estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, abrangendo 840 mil quilômetros quadrados. A área da reserva de água doce chega ainda ao Uruguai (58,5 mil km2), Argentina (255 mil km2) e Paraguai (58,5 mil km2). A área total é de 1,2 milhão de km2, equivalente à soma dos territórios ocupados pela Inglaterra, França e Espanha. A partir dos anos 70, a exploração desse manancial se acentuou, especialmente no território brasileiro. Atualmente, quase toda a água extraída é utilizada no abastecimento público de centenas de cidades de médio e grande portes. A extração da água se dá pela abertura de poços de profundidade variada, que algumas vezes ultrapassam mil metros.

Como o aqüífero apresenta redução de até 30 metros no nível de água em algumas cidades paulistas, os comitês decidiram discutir projetos e definir políticas públicas para a proteção e melhor utilização dessa reserva estratégica. Iniciativa conjunta dos quatro países (Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai), do Fundo para o Meio Ambiente Mundial e da Organização dos Estados Americanos, o projeto Aqüífero Guarani, que termina em 2007, tem a meta de elaborar estudos para criação de estrutura técnica e institucional de proteção e gestão do manancial.

SERVIÇO

Mais informações, no site www.botucatu.sp.gov.br

Telefone

08/21/2006


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