Melo quer manutenção do dia da posse



Apesar de considerar a data da posse do presidente da República, 1º de janeiro, como -extremamente inconveniente-, o senador Geraldo Melo (PSDB-RN) defendeu, nesta quinta-feira (14), a manutenção do dia em virtude da falta de tempo que o Congresso Nacional teria para aprovar uma emenda à Constituição, alternado a data para 6 de janeiro. O senador acha que não tem sentido o Congresso fazer uma mudança -às carreiras- somente para que a festa da posse seja melhor organizada e tenha maior pompa.

Geraldo Melo, que falou pela liderança do PSDB, reconheceu que a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva será um grande acontecimento no país, independentemente do dia em que for realizada. Para o senador, a falta de definição da data está prejudicando a própria organização da posse. É que o Itamaraty está impedido de emitir os convites para a solenidade, incluindo os dos chefes de Estado e missões diplomáticas.

No mesmo pronunciamento, Melo afirmou que o PSDB fará uma oposição ao governo Lula -sem adjetivos-. O partido, informou, irá oferecer a contribuição necessária para que o governo que se inicia em janeiro tenha toda as condições de acertar.

Melo aproveitou a oportunidade para fazer comentários sobre o pacto social proposto pelo presidente eleito. O parlamentar acha salutar o governo ampliar as suas instâncias de consulta para ouvir todos os segmentos da sociedade a fim de melhor administrar o país. Mas entende que a criação de um Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, como o proposto por Lula, poderá abrir caminho para uma etapa -perigosa-, porque as decisões ali tomadas poderão entrar em conflito com as do Congresso Nacional. O vice-líder do governo lembrou ao presidente eleito que o país já possui o seu conselho de representantes da sociedade que, na verdade, é o próprio Congresso Nacional.



14/11/2002

Agência Senado


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