Mercadante diz que Meirelles e Casseb "saberão esclarecer dúvidas"



O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), sustentou em entrevista à imprensa, nesta segunda-feira (2), que “não há nada que desabone, no exercício de suas funções”, os presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Banco do Brasil, Cássio Casseb. Conforme denúncias publicadas pela imprensa, eles teriam omitido informações em suas declarações de renda. -  São dois empresários de sucesso na iniciativa privada. As fontes de recursos que receberam estão identificadas e reconhecidas. Tenho certeza que eles saberão esclarecer qualquer tipo de dúvida – afirmou. Mercadante disse ainda entender que cabe à Receita Federal se pronunciar “de forma definitiva” sobre os episódios que envolvem o presidente do Banco Central. “Se houver alguma correção a ser feita – acho que não ocorrerá – ele o fará”. Sobre a eventual aprovação de um convite para que os dois presidentes de bancos compareçam à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o líder do governo ponderou que, “para o governo, isso não é nenhum problema”. - Podem perguntar o que quiserem. As dúvidas serão esclarecidas. Isso faz parte da vida pública. Não temos qualquer problema com esse debate – continuou. Aloizio Mercadante ponderou que as duas autoridades contribuíram para os atuais resultados positivos na economia, inclusive com crescimento econômico superior a 4% nos últimos meses, queda na taxa de juros, redução do desemprego e saldo comercial com o exterior de US$ 30 bilhões nos últimos 12 meses. Para ele, os bons resultados continuarão e o Congresso deve fazer sua parte, votando projetos destinados a reduzir incertezas e resolver problemas. No caso do Senado, ele citou a necessidade de aprovação do projeto das Parcerias Público-Privadas (PPPs), a Lei de Biossegurança e a conclusão da Reforma do Judiciário. Questionado sobre a decisão do PSDB de exigir modificações na proposta das PPPs, o líder governista observou que o governo está disposto a conversar e o projeto “será aprovado”. - Acho engraçado. Alguns governadores da oposição já implementaram as PPPs em seus estados. Por que a parceria vale para os estados e não para a nação? A verdade é que o crescimento do país exige melhorias nos portos, nas estradas, na infra-estrutura em geral. O Estado não tem dinheiro para isso e a iniciativa privada topou as parcerias. Então vamos discutir a legislação, superar as dificuldades. É uma legislação complexa, nova. Serão contratos para 30 e até 40 anos e a lei precisar ser bem feita – acrescentou o senador Aloizio Mercadante.


02/08/2004

Agência Senado


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