Mercadante reconhece que o PT mudou de posição quando virou governo



O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), reconheceu que o partido mudou de posição sobre muitos temas, depois que virou governo. Segundo disse, foram as limitações das finanças públicas que forçaram o PT a modificar seu discurso, porque o espaço de liberdade de ação política não é tão grande quanto seu líderes gostariam.

Mercadante leu um discurso do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), quando este era líder do governo Fernando Henrique Cardoso, mostrando que ele também defendia conceitos que hoje repudia.

Para Mercadante, não se pode esquecer que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva herdou uma dívida externa de US$ 170 bilhões, e interna de R$ 800 bilhões. As despesas dos governos federal, estaduais e municipais com os inativos, acrescentou, já é maior do que os gastos com a folha de pagamento dos funcionários na ativa. Não há outra maneira de enfrentar essas dificuldades fiscais e financeiras a não ser com reformas como a da Previdência e a tributária, observou.

O líder do governo garantiu que a tramitação da chamada PEC paralela é compromisso do governo e do presidente Lula, conforme afirmou o senador Paulo Paim (PT-RS). Mercadante enfatizou que avanços nas regras de transição para servidores públicos, na paridade entre ativos e inativos e na isenção de contribuição para aposentados portadores de doenças incapacitantes não serão esquecidas.



26/11/2003

Agência Senado


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