Mercadante ressalta elogios de jornal argentino à economia brasileira



A visão que os argentinos têm do Brasil é o que falta ao debate político atual, afirmou nesta quinta-feira (22) o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ao citar reportagem do jornal argentino La Nación analisando e elogiando o desempenho da economia brasileira e o comparando com o desempenho da economia argentina.

Na reportagem, o jornal reconhece a conversão do Brasil em uma grande potência com atrativos para os investidores estrangeiros, graças ao esforço de governos sucessivos para manter uma estabilidade nas políticas públicas, que chamaram de "três pês": política de estado, perseverança e paciência.

"Esses três 'pês' seguiram os passos de dirigentes políticos tão opostos, quanto Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, e o caminho que terminou por levar o Brasil a jogar como importante e decisivo parceiro internacional. Os tempos em que a Argentina podia comparar-se com seu vizinho, como competidor, ficaram para trás já há algumas décadas. Mas agora, todavia, o avanço do país é absolutamente extraordinário", leu o senador.

Mercadante destacou a lembrança do jornal de que, na década de 40, a Argentina tinha um Produto Interno Bruto (PIB) que equivalia à soma dos PIBs de todos os outros países da América Latina, mas hoje o PIB do Brasil é quatro vezes maior que o daquele país. Para o senador, a análise do periódico argentino mostra que o Brasil precisa se olhar, especialmente a imprensa brasileira, com mais profundidade sobre o momento econômico e social que o país atravessa.

O senador disse que o crescimento econômico brasileiro incomoda uma elite que nunca soube repartir o que o país produz e que achou que teria o monopólio político. Segundo Mercadante, essa elite teria dificuldade de dialogar e de buscar manter os valores de perseverança, políticas públicas e paciência que a imprensa argentina destacou.

- Essa conquista não é uma conquista só deste governo. É também dos governos anteriores que ajudaram na responsabilidade fiscal, na estabilidade da economia, como foi o governo anterior, do PSDB - reconheceu.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) lembrou, em aparte, que os governos brasileiro e argentino já deram o primeiro passo para a criação de uma moeda comum ao Mercosul, quando firmaram acordo para substituir o dólar no comércio entre os dois países por uma moeda local.



22/11/2007

Agência Senado


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