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A Mesa do Senado acatou a solicitação do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa para que se encaminhe à Polícia Federal o pedido de perícias adicionais em documentos apresentados pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Tião Viana (PT-AC), que presidiu a reunião da Mesa, entregou esse pedido ao Ministério da Justiça, a quem a Polícia Federal está subordinada, ainda na tarde desta terça-feira (17).

- É a decisão que nós esperávamos - declarou o senador José Nery (PSOL-PA), cujo partido é o autor da representação contra Renan, suspeito de ter despesas pagas por um funcionário da construtora Mendes Júnior.

Segundo Tião Viana, vice-presidente do Senado, a decisão da Mesa foi unânime. Ele disse ainda que não houve qualquer alteração na solicitação apresentada pelo Conselho de Ética nem foi apresentado pedido de vistas durante a reunião.

Ao ser questionado sobre a razão do envio do pedido ao Ministério da Justiça, e não diretamente à Polícia Federal (órgão vinculado àquela pasta), Viana respondeu que "o Senado se reporta ao ministro de Estado, e então o ministro, naturalmente, imediatamente determinará o cumprimento da solicitação à Polícia Federal".

O senador César Borges (DEM-BA) afirmou que a decisão quanto ao encaminhamento "não está nas mãos do ministro da Justiça [Tarso Genro], pois ele tem a obrigação constitucional de dar prosseguimento [às investigações] e atender à solicitação do Senado".

Na reunião desta terça-feira, a Mesa foi composta por Tião Viana, que presidiu a reunião, substituindo Renan Calheiros; Efraim Morais (DEM-PB); Gerson Camata (PMDB-ES); César Borges (DEM-BA); Magno Malta (PR-ES); Papaléo Paes (PSDB-AP); Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA).

Também estiveram presentes, mas sem participar da votação, a presidente nacional do PSOL, Heloísa Helena; o advogado de Renan, Eduardo Ferrão; o senador WellingtonSalgado (PMDB-MG); e a deputada federal Luciana Genro (PSOL-RS).

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