PF diz que poderá fazer perícia em documentos de Renan em 20 dias
A partir do momento em que receber "toda a documentação necessária", referente à defesa do presidente do Senado, Renan Calheiros, a Polícia Federal poderá fazer uma perícia completa nesses papéis em um prazo de 20 dias. Essa informação foi prestada no início da tarde desta quinta-feira (5) pelo presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), após encontro com o diretor-geral da Polícia Federal, delegado Paulo Lacerda.
Também participaram da reunião os senadores Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES), relatores do processo contra Renan. Eles destacaram que, na próxima terça-feira (10), o Conselho de Ética deve encaminhar à Mesa a solicitação para que a Polícia Federal continue seus trabalhos, além de solicitar ao presidente do Senado os documentos que faltam para a perícia completa.
- Nós precisamos da perícia da Polícia Federal. Ela é fundamental para que possamos emitir um juízo sobre o processo - declarou Casagrande, acrescentando que "a Polícia Federal vai fazer o serviço completo dentro de suas possibilidades legais".
Marisa Serrano afirmou que o conselho "depende da colaboração do presidente do Senado para obter os documentos que faltam". E Casagrande argumentou que "é de interesse de Renan" uma perícia conclusiva, porque, do contrário, o próprio Renan seria prejudicado.
Evolução patrimonial
O presidente do Conselho de Ética reiterou o que havia dito na manhã desta quinta-feira - que o colegiado investigará a evolução patrimonial de Renan Calheiros entre 2002 e 2006, assim como as obras realizadas pela empreiteira Mendes Júnior no mesmo período, com a utilização de recursos do Orçamento. O presidente do Senado é acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista da Mendes Júnior.
Ao ser questionado se a Receita Federal ajudará o conselho a analisar a evolução patrimonial de Renan, Renato Casagrande respondeu que isso "é bem provável".
- Ainda não tomamos essa decisão, mas na conversa com a Polícia Federal e na reunião da manhã de hoje [quinta-feira] avaliamos que, no decorrer do processo, certamente a Receita poderá ser acionada por nós - disse Casagrande.
Segundo Marisa Serrano, o Conselho de Ética deve definir ainda nesta quinta-feira o cronograma de trabalhos do colegiado.05/07/2007
Agência Senado
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