Mesa reúne-se na quinta-feira para decidir se aceita quarta representação contra Renan



A Mesa do Senado reúne-se na próxima quinta-feira (20), às 14h, para decidir se encaminha ou não ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar a quarta representação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros, por quebra de decoro parlamentar. A reunião foi marcada na manhã desta terça (18) pelo 1º vice-presidente do Senado, Tião Viana, que acabara de receber da secretária-geral da Mesa, Cláudia Lyra, a representaçãoprotocolada pelo PSOL no dia 6 deste mês. O partido solicita a abertura de processo de investigação para apurar denúncias, publicadas em duas revistas semanais, de que Renan e o lobista Luiz Garcia Coelho teriam montado um esquema de propinas para desviar recursos de ministérios comandados pelo PMDB.

- Estou encaminhando o documento para a Advocacia do Senado, para que emita, até quinta-feira, um parecer com o objetivo de instruir juridicamente o processo - afirmou Tião Viana, enquanto assinava o despacho com o pedido de urgência.

A condução das reuniões da Mesa cabe sempre ao presidente do Senado, mas, como as últimas representações são contra o próprio Renan, ficou decidido que todos os encontros realizados com o objetivo de tratar desse assunto seriam comandados por Tião Viana.

A quarta representação contra Renan foi protocolada com base em denúncias publicadas pelas revistas Veja e Época. Segundo as duas publicações, o esquema de propinas funcionava com a ajuda de um grupo de aliados do PMDB, de maneira a beneficiar o banco BMG e demais instituições financeiras interessadas em receber concessão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para operar com empréstimos consignados a aposentados da Previdência.

Ainda de acordo com as publicações, Renan e o mesmo lobista teriam atuado também em conjunto na tentativa de fraudar negócio com o fundo de pensão Postalis, dos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

Outras três representações contra o presidente do Senado já foram encaminhadas pela Mesa do Senado ao Conselho de Ética. A primeira, protocolada também pelo PSOL, visava a apurar se Renan tinha parte de suas despesas pessoais pagas por um funcionário da construtora Mendes Júnior. O conselho aprovou relatório sobre esse processo sugerindo a perda de mandato do senador, mas o Plenário absolveu Renan das acusações.

O relatório do segundo processo - também originário de representação do PSOL, desta vez para investigar se Renan teria praticado tráfico de influência em favor da cervejaria Schincariol -será analisado na quinta-feira (27) pelos membros do Conselho de Ética. Já o terceiro processo, fruto de representação assinada pelo DEM e pelo PSDB e que tem por objetivo investigar se Renan teria comprado duas emissoras de rádio e um jornal em Alagoas em parceria com o usineiro João Lyra, mas por meio de laranjas e sem declarar à Receita Federal, aguarda designação de um relator no Conselho de Ética.

18/09/2007

Agência Senado


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