Mesquita Júnior repudia "assédio" para liberação de emendas
O senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) voltou a protestar da tribuna, em discurso nesta sexta-feira (23), contra a prática do governo para a liberação de emendas ao Orçamento. Ao informar que estaria sendo procurado por pessoas do Palácio do Planalto para tratar do tema, ele mandou um aviso veemente a tais interlocutores:
- Da próxima vez que me procurarem, declinarei seus nomes aqui da tribuna - frisou.
O parlamentar ressaltou a necessidade de recursos para seu estado, mas repudiou o "assédio" que estaria recebendo.
- Não admito ser abordado neste momento para tratar de liberação de emendas. O povo acreano precisa dos recursos previstos para o estado, mas isso deveria ter sido feito de acordo com o que foi programado para a execução do Orçamento, e não como troca de favores - afirmou.
Mesquita Júnior classificou o governo de "autoritário e desrespeitoso" e condenou a falta diálogo com a maioria dos parlamentares de sua base de sustentação. Conforme observou, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva limita-se a conversar "com três ou quatro parlamentares", os quais, ressaltou, não "falam em nome da base".
Ao repudiar "toda e qualquer tentativa de cooptação de parlamentares para a liberação de emenda", o senador classificou a prática como tentativa de corrupção.
23/11/2007
Agência Senado
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