Ministério Público arquiva denúncias contra o governador e secretários estaduais



O líder do governo na Assembléia, deputado Ivar Pavan (PT), considera que o parecer do Ministério Público Estadual sobre o relatório da CPI da Segurança Pública desmascara a oposição e reafirma a posição do PT desde o início dos trabalhos da comissão. O MP arquivou a denúncia contra o governador Olívio Dutra de tentativa de legalização de jogos eletrônicos e de ligação com a máfia internacional por falta de provas.

Também foram negados os indiciamentos do vice-governador, Miguel Rosseto, do secretário de Segurança, José Paulo Bisol, do chefe da Casa Civil, Flávio Koutzzi, do secretário da Fazenda, Arno Augustin e de outros membros do governo do Estado. “Ficou provado que a CPI não passou de um picadeiro da oposição, cujo objetivo nunca foi investigar problemas relacionados à segurança pública e apresentar soluções, como prometeram seus mentores, mas atacar o governo do Estado e o PT”, assinala Pavan.

As primeiras conclusões do Ministério Público sobre o relatório foram apresentadas ontem pelo procurador-geral Claúdio Barros Silva. A grande maioria dos indiciamentos propostos pelo relator da comissão de inquérito, Vieira da Cunha (PDT), foi rejeitada por falta de provas. “O Ministério Público restabeleceu a verdade ao rejeitar as conclusões de um relatório inconsistente, pífio e abusivo, feito sob encomenda da direita e dos setores contrariados pela política de segurança em curso no Estado”, aponta Pavan, que representou a bancada petista na Comissão de Inquérito.

O deputado Ronaldo Zulke (PT), também integrante da CPI, afirma que o parecer do Ministério Público revela a inconsistência e a irresponsabilidade das denúncias da oposição. “Vimos uma a uma das mentiras sendo desmascaradas. A base do palanque da oposição ruiu de forma irrecuperável”, comemora. Ele frisa que, ao rejeitar os indiciamentos de membros do governo, o MP reafirma a política de segurança em curso no Estado.

Para o petista, o relator da comissão, Vieira da Cunha, fracassou como político e como promotor. “No primeiro caso, por ter servido de instrumento da direita, promovendo preconceito e histeria política. No segundo, por ter elaborado um relatório inconsistente, que não apresentou sequer indícios, quanto mais provas”, avalia.

Zulke afirma ainda que o governo do Estado continuará combatendo a banda podre da polícia, mesmo que tenha que enfrentar reações no meio político. “A CPI da Segurança se configurou como uma reação articulada às medidas adotadas pelo nosso governo para combater a corrupção policial. Não recuamos naquele momento e nem o faremos agora”, conclui.

01/30/2002


Artigos Relacionados


CONSELHO DE ÉTICA ARQUIVA DENÚNCIAS CONTRA ACM, VILELA E LESSA

CONSELHO DE ÉTICA ARQUIVA DENÚNCIAS CONTRA ACM, VILELA E LESSA

Mozarildo pede que Ministério Público apure denúncias de corrupção contra governo de Roraima

Conselho de Ética arquiva definitivamente denúncias de Virgílio e Cristovam contra Sarney

Arquivada denuncia contra governador e secretários

Denúncias de irregularidades no IPE são entregues no Ministério Público