Ministra expõe a senadores planos do governo para setor energético



O presidente do Senado, José Sarney, recebeu nesta quarta-feira (13), para um café da manhã na residência oficial, 21 senadores, que assistiram a uma exposição da ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, sobre os planos do governo para o setor energético no país. À saída, Sarney comentou que todos ficaram impressionados com -a objetividade, a precisão e a clareza com que a ministra está perseguindo seus objetivos-.

- Sobretudo ressalta do que ouvimos que hoje estamos com um excesso de oferta de energia de cerca de 17%, o que, sem dúvida é positivo, pois saímos de uma escassez para uma grande oferta - afirmou.

A ministra falou aos senadores por cerca de 40 minutos, com a ajuda de um telão, apresentando as mudanças pretendidas para que o sistema de energia elétrica opere de forma integrada, atendendo igualmente a todas as regiões. Ela estava acompanhada pelo presidente da Eletronorte, Silas Rondeau Cavalcante Silva, e pelo diretor financeiro, Astrogildo Quental.

Dilma Roussef destacou que, embora o sistema elétrico brasileiro tenha dimensões continentais e seja um dos mais eficientes do mundo, a energia ainda é muito cara para a maioria da população. Ela assegurou que um dos objetivos principais do governo será baratear a conta de luz paga pelos brasileiros.

Na avaliação do líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), a ministra deixou claro aos senadores -o esforço do governo para construir um novo marco de regulação do setor, garantindo os investimentos necessários, porque, se hoje temos sobra de energia, com a recuperação da economia e o crescimento econômico vamos ter demanda, e aí precisaremos garantir segurança aos investidores e qualidade e preço aos consumidores-.

Já o líder do PFL, José Agripino (RN), elogiou a exposição da ministra, mas fez ressalvas.

- Do ponto de vista técnico e teórico, a ministra fez uma exposição muito interessante, mas entre palavra e prática há uma distância grande. O que a ministra propôs é racional e consistente, agora resta saber dos meios para implementar e das condições, inclusive logísticas e financeiras, que é o que falta ao PT - observou.

Além do presidente José Sarney, compareceram à reunião outros membros da Mesa do Senado: o 1º vice-presidente, Paulo Paim (PT-RS), o 2º vice, Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO), o 1º secretário, Romeu Tuma (PFL-SP), e o 4º secretário, Sérgio Zambiasi (PTB-RS). Estavam presentes os líderes do governo no Congresso, Amir Lando (PMDB-RO); do PMDB, Renan Calheiros (AL); do PDT, Jefferson Péres (AM); e do PTB, Fernando Bezerra (RN), além da vice-líder do PSDB, Lúcia Vânia (GO), e do líder da Minoria, Efraim Moraes (PFL-PB).

Os senadores Delcidio Amaral (PT-MS), Gilberto Mestrinho (PMDB-AM), Hélio Costa (PMDB-MG), João Alberto (PMDB-MA), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Valmir Amaral (PMDB-DF), César Borges (PFL-BA), Rodolpho Tourinho (PFL-BA) e Roseana Sarney (PFL-MA) também participaram do encontro.



13/08/2003

Agência Senado


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