Ministra quer novas formas de produção para evitar desperdício e promover sustentabilidade



No Encontro Nacional de Inovação e Sustentabilidade, provido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em Brasília, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou, na quarta-feira (2) , que o momento é de agir. "É claro que, no âmbito governamental e não governamental, não existe mais espaço para postergar a ação. A crise mundial em todas as esferas leva a um sentido de urgência dos fatos. Sustentabilidade não é questão de idealismo, é pragmatismo", disse.

Segundo a ministra, há 20 anos, quando foi realizada, também no Rio, a Eco92, a geopolítica do Brasil e do mundo era muito diferente da atual. Hoje, não existe mais a polarização norte-sul, que foi substituída pela globalização, impulsionada pelo fenômeno das redes sociais. Na conferência de 1992, protocolos multilaterais de meio ambiente foram assinados e todas as questões discutidas. Surge então a necessidade de optar por uma ação imediata durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que será realizada em junho. "O desafio após a Rio+20 será muito maior", acrescentou.

 

Como fazer?

Izabela Teixeira assegura que nenhum país questiona os novos paradigmas - que são segurança alimentar, energética, hídrica, discussão climática e uso dos ativos naturais - questões que serão discutidas na Rio+20, do ponto de vista da sustentabilidade. O problema é sobre como promover essa transformação. Para isso, será necessário implantar novas formas de produção (limpa, de baixo impacto ambiental e com emissões reduzidas de carbono), mudar o padrão de consumo atual e evitar o desperdício, substituindo-o pelo consumo consciente.

Parte das respostas, diz a ministra, está no Plano de Produção e Consumo Sustentável (PPCS), elaborado pelo Ministério de Meio Ambiente (MMA) e reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como referência. O Brasil defende um pacto global de produção e consumo racionais. "É inevitável discutir as cidades sustentáveis. É impossível avançar no aspecto ambiental sem levar em conta o aspecto econômico. Agora, temos que ter uma visão coordenada das questões. Todos temos que construir uma solução", disse a ministra.

Em 1992, o setor produtivo, por exemplo, teve um papel tímido; em 2012, será estuturante. "Os bancos de desenvolvimento terão um papel fundamental, como o Banco Mundial teve nos anos 1990", exemplificou Izabella.

Participou também da mesa de abertura do evento o presidente do Sebrae, Luiz Barreto, que falou sobre o planejamento e a preparação do Sebrae para a Rio+20. "Temos que reconhecer a importância da gestão empresarial e pensar soluções inovadoras, como a eficiência energética, para ter sustentabilidade", disse.

 

Fonte:
Ministério do Meio Ambiente

 

03/05/2012 16:03


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