Ministro afirma que até 2016 AGU pretende recuperar 25% do dinheiro desviado dos cofres da União



O advogado-geral da União, o ministro Luís Inácio Lucena Adams, afirmou nesta sexta-feira (9), em Brasília, que até 2016 a Advocacia-Geral da União (AGU) pretende recuperar aos cofres públicos 25% do dinheiro desviado por corruptos em todo País.

De 2007 até 2011, houve aumento de 1% para 15% na arrecadação de verbas e Adams não considera essa recuperação um pequeno ganho. O ministro participou nesta sexta-feira (9), do Dia Internacional de Combate à Corrupção,  evento promovido pela Controladora-Geral da União.

" O fato de nós avançarmos num período curto de tempo, de quatro anos, de uma recuperação de 1% para 15%, e estimar chegar aos 25%, é um sinal claro de uma evolução muito forte que deve ser valorizada". Segundo Adams, a recuperação vem se mostrando um processo constante e efetivo, e também reduz o senso de impunidade do do corrupto. "Um dia vamos chegar a uma realidade de que não haverá oportunidade para o corrupto persistir na sua prática", afirmou. 

Segundo ele, a AGU já recuperou R$ 1,5 bilhão em recursos públicos mal aplicados ou roubados de instituições públicas federais. "Apenas neste ano, que ainda não terminou, nós já recuperamos e bloqueamos mais de R$ 600 milhões. Esse resultado mostra que o Estado está no caminho certo, tomando as decisões corretas e nós vamos chegar a um dia em que a corrupção vai ser uma realidade absolutamente residual e que todos os brasileiros vão combater", ressaltou. 

A AGU firmou acordo com os Tribunais Regionais Eleitorais e o Tribunal Superior Eleitoral para recuperar o custo que Estado teve com as eleições fraudadas. "Essas ações são propostas nos casos em que o candidato afastado já foi condenado com trânsito em julgado pelos Tribunais brasileiros", disse o advogado.

O Adams disse ainda que o combate à corrupção é responsabilidade de todo os brasileiros. "O Brasil tem feito muito e há muito a fazer, mas neste tema, o Brasil não é líder. O Brasil é líder no combate à corrupção. Essa liderança, que já é reconhecida internacionalmente, é algo que merece todo elogio", finalizou. 

O Controlador-Geral da União, ministro Jorge Hage, declarou no discurso de abertura do evento que o Brasil não é o único País do mundo que enfrenta esse problema. 

"Nos últimos anos o Brasil passou a tratar com seriedade esse problema. Passou a encará-lo de frente, ao invés de escondê-lo fazendo de conta que não existia como era no passado", afirmou, lembrando que isso fez com que o País ganhasse protagonismo na área. 

Servidores públicos, autoridades e representantes da sociedade participam em Brasília do VII Fórum Brasileiro de Combate à Corrupção na Administração Pública  que começou nesta quinta-feira (8).

Fonte:
AGU



09/12/2011 20:45


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