Ministro da Justiça esclarece atuação no caso Siemens




O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, prestou esclarecimentos sobre acusações de adulteração de documentos usados na investigação do cartel formado para fraudar licitações no metrô e trens de São Paulo.

“Nós comparamos os dois documentos. São documentos diferentes, dirigidos para pessoas diferentes. Tradução significa verter de uma língua para outra. E não modificar, acrescentar dados”, esclareceu o ministro, em entrevista coletiva para tratar sobre o caso Siemens.

“Aquilo que é dito de acréscimo na carta em português está coaduno. As empresas mencionadas estão mencionadas em outras passagens”, disse Cardozo.

Na avaliação do ministro, há uma movimentação para desmerecer o caso. “É evidente que no Brasil algumas pessoas pretendem retirar o foco de uma investigação muito séria e rigorosa”, afirmou Cardozo.

“Acho que há uma tentativa muito clara de evitar uma apuração imparcial e séria [das denúncias]. Se alguém pensa que vai intimidar o Ministério da Justiça, a Polícia Federal e o Cade, está enganado”, reforçou o ministro.

Para Cardozo, a entrega dos documentos à PF era um “dever legal” que ele não poderia deixar de cumprir, após ter recebido as denúncias. “A PF é subordinada ao ministério e, evidentemente, eu devo cumprir a lei, que diz que as denúncias que o ministro recebe devem ser mandadas para a Polícia Federal”, ponderou o ministro.

Por fim, o ministro confirmou que na semana que vem vai ao Senado e à Câmara para esclarecer os procedimentos realizados nessa investigação. "Fui convidado e vou ao Congresso Nacional, porque é meu dever e porque não há nada de errado no que fiz ou na investigação que a Polícia Federal está fazendo”, completou.

Fonte:

Portal Brasil



28/11/2013 18:59


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