Ministro do Esporte esclarece por que não recebeu filha de Garrincha
O ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, disse que não recebeu Denízia, filha do falecido craque Mané Garrincha - Manuel Francisco dos Santos -, porque não estava em Brasília quando ela fez o pedido da audiência. O esclarecimento foi feito por meio de uma carta enviada ao senador Leonel Pavan (PSDB-SC).
Na quarta-feira passada (4), Pavan solicitou ao líder do governo, Aloizio Mercadante (PT-SP), que intercedesse junto ao ministro para este receber Denízia. Segundo o senador catarinense, a filha de Garrincha permaneceu por três dias em Brasília, tentando ser recebida por Agnelo. Pavan disse também que Denízia passa por dificuldades financeiras.
De acordo com o ministro do Esporte, no dia 2 de junho, quando Denízia fez o pedido para ser atendida em caráter de urgência, ele estava participando do Fórum Nacional Secretário de Esportes, em Teresina (PI). Agnelo, que só retornou a Brasília no dia seguinte, já informou à filha do jogador que a receberá tão logo ela faça solicitação nesse sentido.
Em resposta a Pavan, o ministro afirmou, ainda, que Denízia visitou Brasília acompanhada por uma organização denominada Comitê da Paz, já atendida por técnicos do Ministério. A entidade, conforme Agnelo, quer obter patrocínio de R$ 200 mil para a construção de um túmulo para Garrincha e R$ 300 mil para a realização de uma festa na cidade de Uberlândia (MG). Esses pleitos, explicou, fogem das atribuições do Ministério.
Mané Garrincha foi jogador do Botafogo nos anos 60 e era um exímio driblador. Os cronistas esportivos o consideram o principal responsável pela conquista da Copa do Mundo de Futebol de 1962, no Chile.
09/06/2003
Agência Senado
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