Ministro dos Transportes nega envolvimento com corrupção na pasta




O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, afirmou que sua "atitude e forma de agir sempre se pautaram pelos melhores princípios de conduta ética". Ele fez essa declaração ao responder ao senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que lhe perguntou "de onde partiu a voz de comando no esquema de corrupção arquitetado" nesse ministério.

- Quem está lhe falando aqui é um homem honesto, de vida correta - declarou o ministro.

Paulo Passos participou de audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado (CI). Ele assumiu o Ministério dos Transportes depois de pedido de demissão de Alfredo Nascimento, que saiu da pasta após as denúncias de corrupção envolvendo superfaturamento de obras.

Alvaro Dias disse que "não adianta ao governo substituir Alfredo Nascimento por Paulo Sérgio Passos, porque o que precisa ser alterado é o modelo existente, que é complexo e corrupto".

- E que limpeza é essa que o governo estaria promovendo, que não permite a criação de uma CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] para investigar o caso? - questionou o senador.

Paulo Passos afirmou que não é necessária a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias de corrupção em sua pasta.

Eledisse que as acusações podem ser investigadas pela Justiça e por outros meios.

Em resposta a Alvaro Dias, o líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), questionou a oposição:

- Quantas CPIs aconteceram nos governos de Serra, Alckmin e Aécio? Não houve por falta de pedidos? - perguntou ele.

Aditivos

Ao ser questionado pelo senador Demostenes Torres (DEM-GO) se seria verdade que Valdemar Costa Neto despachava no Ministério dos Transportes, o titular da pasta, Paulo Pereira Passos, negou ter conhecimento disso.

- Não me consta que ele tenha escritório no ministério para despachar - declarou.

Deputado federal por São Paulo, Valdemar é secretário-geral do PR, partido envolvido nas denúncias de corrupção nesse ministério.

Sobre a questão dos aditivos em licitações, que são muitas vezes vinculados a casos de superfaturamento, Paulo Passos disse que "ministro de Estado não examina nem aprova aditivos; eles estão previstos na Lei 8.666 [Lei das Licitações] e devem ser utilizados, desde que dentro da legalidade".

Para ver a íntegra do que foi discutido na comissão, clique aqui.



16/08/2011

Agência Senado


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