TUMA NEGA ENVOLVIMENTO COM EMPRESÁRIO



O senador Romeu Tuma (PFL-SP) repudiou nesta terça-feira (dia 16) a divulgação de notícia envolvendo seu nome com o do empresário Fábio Monteiro de Barros, atualmente preso devido a acusações de desvio de dinheiro público no superfaturamento da obra da nova sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. A prova do envolvimento seria um bilhete escrito pelo empresário e dirigido ao senador.- Tais publicações, que tiveram origem numa única fonte jornalística, através de uma agência noticiosa, atentam contra a verdade e só objetivaram incluir indevidamente meu nome na avalanche de denúncias surgidas contra a referida obra - disse.Tuma enfatizou que não há nenhuma emenda de sua autoria relativa àquela obra e que a existente foi proposta pela bancada paulista, em 1998. Para esclarecer a questão, o senador leu carta, enviada a ele, pelo antigo coordenador da bancada no Congresso, deputado federal Hélio César Rosas, em que afirma que o senador "sempre teve posição marcante como intransigente defensor das obras do Incor e do Hemocentro" e que a emenda do TRT, "que tinha também seu apoio, era consensual da bancada" paulista.O senador disse que sentiu muita revolta ao ser informado sobre o assunto na última sexta-feira (dia 12), através de telefonema de um repórter do Jornal do Brasil, quando se encontrava em Recife. No dia seguinte, ao procurar saber mais sobre o assunto, foi informado pela Polícia Federal que o bilhete não tinha assinatura e nem constava do auto de apreensão. O "bilhete", segundo soube, estaria entre centenas de documentos encontrados em um apartamento ocupado pelo motorista do acusado, "dando a impressão de que ali havia sido plantado".Tuma esclareceu também que tinha uma relação funcional com o juiz Nicolau dos Santos, envolvido no episódio do superfaturamento das obras, já que o TRT pode consultar a qualquer momento a Polícia Federal, órgão público onde o senador foi superintendente em São Paulo.Ao se solidarizar com Tuma, o senador Tião Viana (PT-AC) disse, em aparte, que Tuma encontra-se em uma situação vulnerável por ser corregedor da Casa, acrescentando que não paira nenhuma dúvida em relação a sua conduta.

16/05/2000

Agência Senado


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