Ministro repudia racismo e pede providências às autoridades
Menos de um mês depois de cobrar da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) providências contra os atos de racismo praticados por torcedores peruanos contra o jogador Tinga, do Cruzeiro, em partida da Taça Libertadores, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, voltou a manifestar repúdio diante de atitudes preconceituosas no futebol, desta vez dentro do Brasil. Aldo Rebelo entrou em contato com autoridades de São Paulo e do Rio Grande do Sul para pedir apuração e punição rigorosas aos torcedores que insultaram o volante Arouca, do Santos, no Campeonato Paulista, e o árbitro Márcio Chagas da Silva, no Campeonato Gaúcho, na noite de quinta-feira (6).
Arouca foi chamado de “macaco” por torcedores enquanto concedia entrevista logo após a vitória do Santos por 5 x 2 sobre o Mogi Mirim, no Estádio Romildão, no interior paulista. Já Márcio da Silva sofreu insultos racistas e teve o carro depredado – além de esfregado com bananas – no estacionamento interno do Estádio Montanha dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, depois do jogo entre Esportivo e Veranópolis. “A agressão racista não atinge apenas aquele a quem é dirigida. Fere toda a população brasileira e a sua identidade de povo miscigenado”, condenou Aldo Rebelo.
O ministro telefonou na manhã desta sexta-feira (7) para o secretário de Segurança do Rio Grande do Sul, Airton Michels. “O secretário me informou que a Polícia Civil gaúcha já adotou providências para identificar os agressores do árbitro”, disse Aldo Rebelo, que conversou também com o promotor paulista Paulo Castilho, ex-diretor de Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério do Esporte, hoje de volta ao Ministério Público.
“A Justiça deve punir exemplarmente esse comportamento inaceitável. Não são torcedores, são criminosos”, definiu o ministro.
Fonte:
Ministério do Esporte
07/03/2014 16:28
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