MJ define classificação indicativa para jogos eletrônicos



O Ministério da Justiça (MJ), órgão responsável pela classificação indicativa de conteúdos eletrônicos no Brasil, lançou nesta quinta-feira (24) um sistema automático internacional que tornará mais prática e segura a avaliação de programas interativos, jogos e principalmente aplicativos distribuídos por download.

Batizada de Coalizão Internacional de Classificação Indicativa (Iarc – sigla e inglês), a ferramenta virtual foi apresentada durante o Brasil Game Show, feira do setor de videogames que acontece esta semana em São Paulo. A Iarc engloba, por enquanto, 36 países, e é liderada pelo Ministério da Justiça, que representa o Brasil, e pelos órgãos classificadores da América do Norte (Entertainment Software Rating Board-ESRB) e da Europa (Pan-European Game Information-PEGI).

O diretor adjunto da Divisão de Jogos da Coordenação de Classificação Indicativa do MJ, Davi Pires, participou do lançamento da Iarc. Segundo ele, as lojas virtuais de jogos e apps já podem aderir ao sistema. “A partir de agora os pontos virtuais de venda que não exibirem a classificação indicativa se tornam irregulares. Planejamos que a maior parte do setor esteja regulamentada até o primeiro semestre do ano que vem”, informou.

Para o secretário nacional de Justiça do MJ, Paulo Abrão, é um avanço na política de Estado de classificação indicativa, que acompanha a evolução tecnológica e a migração do mercado de jogos para o universo virtual. “Essa ação amplia a informação para a família e garante a proteção das crianças e adolescentes”, afirmou o secretário.

Segundo Abrão, o novo sistema permite que a classificação seja feita em questão de minutos, através um questionário on-line. “No momento em que for disponibilizar o produto numa loja eletrônica, o desenvolvedor do software precisará apenas responder ao questionário sobre esse material que será oferecido ao cliente. A partir daí, o sistema irá determinar automaticamente para qual faixa etária o jogo ou aplicativo é adequado”, explicou Abrão.

Hoje os softwares precisam ser submetidos aos órgãos responsáveis em cada um dos países em que são lançados, respeitando as características locais. Esse processo chega a demorar meses em alguns locais. No Brasil, o trabalho humano é feito por uma equipe de funcionários do MJ, que precisam jogar os games e assistir aos filmes para atribuir uma idade adequada a eles, conforme critérios pré-estabelecidos.

“O sistema é baseado em processos automatizados similares ao que EUA e Europa vêm usando nos últimos anos para classificar jogos e apps vendidos virtualmente. Eles vêm funcionando de forma muito eficiente. O questionário não estará disponível em um site, mas dentro de cada uma das lojas virtuais participantes”, avaliou Abrão.


Fonte:

Ministério da Justiça



25/10/2013 17:51


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