MONTEIRO DE BARROS DIZ QUE TRT DE SÃO PAULO DEVE DINHEIRO A IKAL



Em depoimento na CPI do Judiciário, o sócio da empresa Ikal, Fábio Monteiro de Barros, disse que a construtora sempre insistiu em terminar a construção do prédio do fórum trabalhista, em São Paulo, mas o atraso no pagamento da entrada e das demais parcelas, como previa o contrato assinado com o TRT, violaram o cronograma financeiro e atrasaram a obra. A construção do prédio, observou, está quase pronta, faltando apenas 19,5% para sua conclusão. Para que a obra seja concluída, acrescentou, será necessário o TRT depositar em juízo o que deve para a Ikal e liberar o pagamento para funcionários e fornecedores.O TRT de São Paulo, segundo Monteiro de Barros, não paga o que deve desde junho de 1998, até decidir pela "violenta rescisão do contrato". A participação da Ikal na concorrência para a construção do prédio das juntas de conciliação do TRT "foi legítima" e a empresa "sempre primou pela realização e o cumprimento do contrato", afirmou. Ele criticou as denúncias veiculadas pela imprensa sobre o envolvimento da Ikal em irregularidades na construção do fórum trabalhista, observando que a empresa é idônea e zelou pelo cumprimento das cláusulas contratuais.Para Monteiro de Barros, houve ainda uma confusão de conceito sobre o contrato, que o Tribunal de Contas da União (TCU) considerou como obra pública, enquanto, no seu entender, trata-se de um contrato de compra de imóvel. Quanto ao preço, Monteiro de Barros disse, em seu depoimento, que o valor do imóvel, avaliado em 1992, é o equivalente a US$ 193 milhões, pelos cálculos da Sinduscon (Sindicato da Construção), e não US$ 135 milhões.

29/06/1999

Agência Senado


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