Morre ex-deputado Brusa Neto









Morre ex-deputado Brusa Neto
O ex-deputado João Brusa Neto faleceu ontem à tarde, vítima de infarto, aos 88 anos. Elegeu-se deputado estadual pelo PTB em 1962 e pelo MDB em 1966. Foi cassado pelo Ato Institucional nO 5 com outros parlamentares como forma de impedir que o MDB assumisse o governo do Estado. Iniciou na política como assessor de Arlindo Pasqualini, principal ideólogo do trabalhismo. Foi secretário-geral do MDB gaúcho, jornalista e subsecretário de Educação de Leonel Brizola. Pela participação na campanha da Legalidade, recebeu do governo em 2001 a medalha Negrinho do Pastoreio. Brusa está sendo velado na Assembléia desde a noite de ontem. O sepultamento ocorre hoje, às 16h, no Cemitério João XXIII. O governo do Estado decretou luto oficial de três dias.

O senador Pedro Simon afirmou que Brusa Neto foi uma das figuras mais extraordinárias, dignas, 'pasqualinistas' e trabalhistas que conheceu. 'Todos nós que vivemos esses anos de luta e de amor estamos de luto', disse. Salientou que fica a lembrança do companheiro de todas as horas, de alguém que foi testemunha e protagonista de períodos delicados do Estado e do país. 'Ele foi exemplo de homem público, sempre manteve o espírito de luta e a devoção ao Rio Grande e ao Brasil', afirmou o presidente regional do PMDB, deputado federal Cezar Schirmer.


Bernardi garante que ninguém é mais anti-PT
Em roteiro por Mariana Pimentel, Barra do Ribeiro e Guaíba, o candidato do PPB ao governo, Celso Bernardi, garantiu ontem que ninguém pode se dizer mais anti-PT do que o seu partido. Assegurou também que tem melhores propostas para substituir as da atual administração. Confia na história das realizações do PPB e no tamanho do partido para chegar ao 2º turno. 'Mostraremos que não há quem tenha feito mais do que o PPB em educação, agricultura e serviço público', disse.


Rigotto aposta nas regiões para criar oportunidades
O candidato do PMDB ao governo, Germano Rigotto, defendeu ontem política de desenvolvimento regional a fim de induzir a criação de focos dinâmicos na economia e promover a geração de novas vagas. Pretende reduzir o desemprego em Porto Alegre e na região Metropolitana, resultante da migração do Interior. Em palestra no Sistema Fiergs-Ciergs, Rigotto prometeu criar cursos técnicos e profissionalizantes para o ensino médio.


Tarso pretende oferecer acesso amplo à educação
Erradicar o analfabetismo, manter os 35% da receita tributária líquida para a educação e garantir gratuidade do ensino fundamental à universidade são algumas propostas do candidato do PT ao governo, Tarso Genro. Ele participou ontem de caravana no Interior para divulgar o programa nessa área. Salientou que a exclusão do conhecimento é uma das principais causas das desigualdades. 'Aprender a ler e a escrever é tão essencial quanto o acesso à saúde e ao saneamento básico', disse.


Agenda dos candidatos

HOJE
11 Celso Bernardi (PPB)
10h30min: Cerro Branco. 12h: Candelária. 15h: Paraíso do Sul. 17h30min: Novo Cabrais. 20h: comício, Cachoeira do Sul.
13 Tarso Genro (PT-PCB-PC do B-PMN)
8h: Candelária. 10h30min: Faxinal do Soturno. 12h30min: Santa Maria. 20:15min: Santiago.
15 Germano Rigotto (PMDB-PSDB-PHS)
9h: reunião com a Fundação Ulysses Guimarães. 16h: Associação Gaúcha de Supermercados. 20h30min: encontro regional em Sobradinho.
22 Aroldo Medina (PL-PSD)
11h: Canoas. 16h: carreata, Novo Hamburgo. 17h: Fecomércio. 20h: Tramandaí.
23 Antônio Britto (PPS-PFL-PT do B-PSL)
Gravação de programas de rádio e TV, reunião na Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresa e reunião interna.
40 Caleb de Oliveira (PSB)
18h: reunião sobre espaço de rádio e TV.
43 José Vilhena (PV)
9h: Gravataí. 19h30min: reunião da executiva estadual, em Porto Alegre.


PPDs rejeitam projeto sobre ônibus
Proposta desobriga empresas de adaptarem sua frota ao transporte de portadores de deficiência

A Federação Rio-Grandense de Entidades dos Deficientes Físicos do Rio Grande do Sul (Fredef/RS) começou a se articular para impedir que a Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, da Câmara dos Deputados, sancione o projeto de lei aprovado ontem pela Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias, que desobriga as empresas de ônibus de adaptarem sua frota às necessidades das pessoas portadoras de deficiência (PPDs). 'É inacreditável que os deputados federais aprovem um projeto que descaracteriza uma grande conquista das PPDs', afirmou o presidente da Fredef e vereador de Porto Alegre, Paulo Brum.

O autor do projeto, deputado Philemon Rodrigues (PL-MG), destacou em sua justificativa a 'impossibilidade física e técnica de realizar alterações nos veículos sem comprometer sua funcionalidade e segurança'. O relator, deputado Ricarte de Freitas (PSDB-MT), explicou em seu parecer que 'há que se considerar que o elevado custo de adaptação da frota em uso levaria a um aumento das tarifas, o que afeta negativamente os interesses do consumidor'.

Conforme Brum, a entidade atuará junto ao Congresso Nacional para que o projeto seja rejeitado, além de acionar a Organização Nacional das Pessoas Portadoras de Deficiência Física (Onedef). 'Traçaremos ações contra essa medida anti-social', atestou. O projeto de lei que está sendo contestado revoga o segundo parágrafo do artigo 5 da lei 10.048/00, que determina o prazo de um ano, a partir da promulgação, para as concessionárias produzirem ônibus adaptados e de 180 dias para adequarem os que já existiam. Conforme o Censo de 2000, 14,5% da população brasileira é portadora de deficiência, sendo que, desse total, 4% é de difícil locomoção. 'No RS são 1,5 milhão de PPDs', diz o presidente da Fredef. Ele aponta que os maiores prejudicados são pessoas de baixa renda que, mesmo com emprego garantido, ficam impedidas de chegar ao seu local de trabalho. 'Quem possui maior poder aquisitivo pode adquirir carros adaptados', alertou.


Serra escolhe inimigo: desemprego
Programa de governo inclui proteção ambiental e agropecuária como áreas potenciais a novas vagas

O candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, José Serra, garantiu ontem que o combate ao desemprego é a primeira e mais importante política social no caso de se eleger para o cargo em outubro. No programa de governo 'Trabalho e Progresso para Todos', lançado à tarde, em São Paulo, está previsto ainda que é preciso expandir e melhorar as demais políticas sociais. Para assegurar o cumprimento dessas metas, o documento apontou que o governo Serra adotará visão integrada do desenvolvimento que possibilite a articulação das diretrizes econômica e social, fazendo com que elas se reforcem mutuamente.

Segundo o programa de Serra, a aceleração do crescimento econômico deverá buscar a criação de oportunidades de emprego no setor de proteção ambiental. O projeto fixa como metas para o período de 2003 a 2006 a taxa de crescimento anual do país de 4,5% e a geração de 8 milhões de postos de trabalho. Mais de um terço desses será em agropecuária, de acordo com Gesner de Oliveira, assessor econômico de Serra.
As ações na área da segurança pública previstas no plano de governo do presidenciável do PSDB são a atuação do Executivo no Congresso Nacional para realizar reformas profundas no Judiciário, denominadas de 'modernização'. Conforme o programa do candidato tucano, 'a liberdade de assassinos ou a branda condenação de seqüestradores provocou a indignação da população tanto quanto o engavetamento de milhares de inquéritos causa inquietação'.

A manutenção do tripé composto pelo regime de câmbio flutuante, por políticas monetárias baseadas em metas de inflação e pel o novo sistema fiscal orientado pela austeridade, pela transparência e pela responsabilidade é tida como condição necessária pelo programa de Serra para o crescimento do Produto Interno Bruto. A geração de superávits primários para que seja mantido sob controle o endividamento público e o cumprimento rigoroso das metas previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias, definidas até 2005, também estão incluídos no plano.

O documento assinalou ainda o compromisso de Serra com o prosseguimento do programa de reforma agrária, assim como a consolidação dos assentamentos feitos nos últimos oito anos. O objetivo apontado é que os agricultores assentados tenham vida digna e melhores condições de produzir.


Medina: empresa teme violência
O candidato ao governo Aroldo Medina, do PL, afirmou ontem que continuará priorizando a segurança pública nos discursos de campanha. Ele realizou comício na Esquina Democrática, no Centro de Porto Alegre, onde enfatizou que muitas empresas estão deixando o Estado por causa da criminalidade. Pretende fazer parceria com o Ministério Público e as polícias Civil e Federal para criar serviço de inteligência buscando combater o crime organizado e as invasões de terra.

O vereador e candidato ao Senado Valdir Caetano, do PL, enfatizará na sua campanha que é autor do projeto que propõe a substituição dos pardais por lombadas eletrônicas em Porto Alegre. Salientou que defenderá a manutenção das conquistas da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Qualificou como absurdas as propostas feitas por deputados no Congresso Nacional para que a CLT seja alterada.


Britto afirma que respeita PDT e espera sua decisão
Ao comentar sobre o possível apoio do PDT, o candidato do PPS ao governo, Antônio Britto, disse ontem, em Venâncio Aires, que sempre manteve atitude de respeito ao partido. 'O PDT tem tradição, história e quadros e não precisa que ninguém se meta nos seus assuntos', afirmou. Lembrou que não há registro de agressão sua ao PDT e aos seus líderes. Garantiu que a prioridade é ajudar na vitória de Ciro Gomes à Presidência da República.


Ciro diz se propor a enfrentar mudança
Ciro Gomes, presidenciável da Frente Trabalhista, afirmou ontem que paga a pena que precisar para realizar as mudanças que propõe em seu programa de governo. Ele se definiu como social-democrata que integra frente de centro-esquerda favorável à economia de mercado e com capacidade de intervir nessa questão. Ressaltou que se sente com afinidade completa ao PPS. Ciro criticou indiretamente o PSDB, partido do presidente Fernando Henrique Cardoso e do candidato José Serra. 'Só espero que a Frente Trabalhista no poder não faça igual a outros partidos que jogaram tudo fora em nome de projetos mesquinhos', salientou. Ele realizou ontem palestra na Universidade de Brasília.


Falta de dinheiro afeta Garotinho
O coordenador financeiro da campanha de Anthony Garotinho à Presidência, deputado Alexandre Cardoso, admitiu ontem que a queda nas pesquisas de intenção de votos reduziu as doações. 'Temos dinheiro para manter a campanha até o final', ponderou Cardoso. O PSB está cancelando compromissos e concentrando esforços no Rio de Janeiro. A equipe da candidatura se reuniu ontem e discutiu a crise financeira e a provocada pela desistência de Jacó Bittar ao governo de São Paulo e Lídice da Mata da Bahia. Muitos candidatos do PSB nos estados dizem que aceitaram o desafio de concorrer por missão partidária visando garantir tempo a Garotinho no horário eleitoral.


Helicóptero com Maluf desce na BR
O helicóptero que levava ontem o candidato do PPB ao governo paulista, Paulo Maluf, para o Sul do estado foi obrigado a fazer pouso de emergência na margem da rodovia Régis Bittencourt, BR 116. A aeronave seguia para Jacupiranga e foi envolvida por nevoeiro na altura da Serra do Cafezal, em Juquitiba. O piloto tentou retornar para São Paulo, mas por questões de segurança decidiu pelo pouso no pátio de um posto de abastecimento abandonado. Maluf esperou cerca de duas horas e meia pelo socorro. O prefeito de Miracatu, Itamar Tavares de Mendonça, foi buscar o candidato. Eles seguiram para o município.


Lula rejeita brigar agora com a Frente
O presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, disse ontem que ainda não está no momento de brigar com o candidato da Frente Trabalhista, Ciro Gomes, que aparece em segundo nas pesquisas de intenção de voto. Lula contou que tinha cópias de alguns jornais que mostram a foto de Ciro beijando a mão do ex-senador Antônio Carlos Magalhães, mas não os levou ao debate da Rede Bandeirantes para não ficar tentado a mostrá-las. O candidato do PT negou qualquer crítica à aproximação de Ciro com ACM. 'Toda aliança política, assim como apoio, é bem-vinda', afirmou. Acrescentou que não é preciso beijar as mãos. 'As únicas que beijei foram as da minha mulher, Marisa, e do Papa', comentou.


Artigos

A liberdade de imprensa
Guinther Spode

Defendo a liberdade de imprensa como um dos pilares do Estado democrático de direito. Mas preocupa-me quando ela passa a ser usada como instrumento do arbítrio de quem é mero concessionário de serviço público. Refiro-me às matérias veiculadas pelos meios de comunicação de âmbito nacional, em especial a TV, e, mais especificamente, a uma determinada rede de emissoras. No meu entender, tem ela se comportado de modo escandalosamente parcial, tentando, por todos os meios, detonar uma das candidaturas. Esta fúria passou a ocorrer a partir da divulgação das últimas pesquisas, segundo as quais o tal candidato ultrapassou os índices de outro. A par da insistência doentia com que se procura solapar a dita candidatura, quem de direito para tomar providências faz vistas grossas.

Ah, não riam à toa os partidários dos outros dois candidatos. Sem êxito esta sórdida campanha, o outro que pelas pesquisas divide as preferências será o próximo perseguido. E assim será até que as pesquisas apontem o ungido no segundo turno. O registro da indignação é necessário, pois, a pretexto de veicular o dia-a-dia dos candidatos e suas propostas, vemos a intenção de denegrir a imagem de um deles. Daqui a pouco se voltará contra outro e, no segundo turno, certamente fará o mesmo em favor do ungido. Isso já ocorreu na história recente das eleições presidenciais. Inventam noticiários em relação ao candidato que se deseja prejudicar e se passa a divulgar isso até que, pela repetição, mesmo o que não corresponde à verdade passa a ser havido como tal. Não faz muito um candidato a vice foi vitimado; noutro episódio, o resultado, de tênue diferença, quem sabe foi obtido mediante grosseira falsidade imputada a um candidato a presidente. Temos de nos manifestar agora. Depois, como já aconteceu, de nada adianta. Quem tinha o sagrado dever de ser imparcial (e não foi) continua agindo e, se não for contido pela nossa indignação e capacidade de discernimento, continuará interferindo até conseguir eleger quem melhor serve a seus privados interesses. A decisão do eleitor deve ser livre, sem a indevida (e ilegal) intervenção de quem manipula o noticiário, viciando e dirigindo a escolha.
O Estado democrático de direito só existe com imprensa livre e se houver respeito às leis. Estas, em período eleitoral, exigem dos órgãos de comunicação absoluta imparcialidade e ética em noticiário, manchetes, comentários e indagações aos candidatos, sob pena de interferência indevida na decisão do eleitor e, por conseqüência, no resultado.


Colunistas

PANORAMA POLÍTICO - A. Burd

LÁGRIMAS POR UM EMPREGO
Do jornal The New York Times ontem: 'Em outros países há programas que seduzem calouros com oferta de milhões de dólares, carro novo ou férias s untuosas em paraísos tropicais. Na Argentina, que sobrevive em meio a economia devastada e sonhos reduzidos a pó, os candidatos de um novo programa disputam um prêmio cada vez mais raro e valioso: um emprego com salário. São cinco edições semanais e uma hora de duração. Narram suas histórias e respondem perguntas. Em seguida, telespectadores votam por telefone para decidir qual dos dois deverá ser contemplado. Na 2ª-feira, o prêmio era um cargo de balconista em uma padaria do subúrbio da capital argentina. As duas choraram diante das câmeras'. A que ponto chegaram.

O QUE ESPERA
Programa da Frente Popular traz de volta ao debate a revisão da matriz tributária. Confiante na vitória, acha que terá mais trânsito para negociar. Na atual legislatura, o governo sem experiência patinou.

PERFECCIONISMO
José Serra manifestou a vontade de adiar por oito dias o lançamento do programa, para permitir mais aperfeiçoamentos na maquiagem. A assessoria chiou logo, exigindo que saísse com a cara que estivesse.

ERA O DUBLÊ
O jornalista e entrevistador de TV Ferreira Neto, falecido esta semana, era repórter credenciado no gabinete de Ademar de Barros, governador de São Paulo no final dos anos 50. Gozava de privilégios, e não era para menos: sua voz era tão parecida com a de Ademar que, nas campanhas eleitorais, gravava discos que se espalhavam pelo país com discursos de candidato. Ninguém notava que quem falava era o dublê.

ABSOLVIDO
O professor José Antônio Giusti Tavares foi absolvido ontem por unanimidade na 5a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. O diretório regional do PT pretendia condená-lo por considerar depreciativa ao partido uma entrevista do professor. A sentença foi favorável a Tavares em 1º grau, o que levou à apelação.

ATÉ O FIM
Assessores de Vicente Bogo, candidato tucano ao Senado, aconselham que destaque na campanha o fato de ter ficado até o final no Palácio Piratini e entregue o cargo ao eleito Olívio Dutra. Deve atendê-los.

NO ESTÚDIO
Se o presidente FHC confirmar a intenção de gravar pronunciamentos de TV em favor de candidatos aos governos, a sua assessoria incluirá Germano Rigotto, que foi líder do governo no Congresso Nacional.

AO LADO
Eleitorado feminino não esquece: Ciro Gomes largou tudo e acompanhou Patrícia Pillar aos EUA quando ela constatou o câncer na mama.

REAÇÃO
O deputado João Fischer eriçou ontem a bancada feminina na Assembléia. Ao criticar o PT na tribuna, disse que 'a prefeita Marta Suplicy é uma namoradeira'. Para quê... Diante da ofensiva, defendeu-se: 'Será que acham que ser namoradeira é tão pejorativo? Podem encaminhar à Comissão de Ética'.

VIGILANTES
Deve sair hoje no Diário Oficial o cancelamento de licitação para contratar serviço de vigilância em empresa estatal. A Comissão de Fiscalização e Controle da Assembléia, presidida pelo deputado Berfran Rosado, abriu guerra contra o que considera ser um forte cartel do setor.

APARTES
Suspense: sai hoje nova pesquisa do Ibope sobre corrida presidencial.

PL, que apóia Lula, passou dia entre Alckmin e Maluf. Sem qualquer cerimônia ou enrubescimento.

Juízes das 173 zonas eleitorais do Estado vão se reunir de 21 a 23 deste mês em Bento Gonçalves. Ajuste final.

Flávio Comuni, assessor de Malan, jantou com Ciro. No café da manhã, serviram-lhe a demissão.

Entre debates acalorados, a Lei de Diretrizes Orçamentárias será votada segunda-feira na Câmara Municipal.

Dorneu Maciel, candidato à Assembléia Legislativa, visitou Associação dos Oficiais da Brigada Militar e tratou de segurança pública.

126 egressos do PPS de Gravataí assinaram ontem ficha no PC do B.Deu no jornal: 'Serra terá mais TV que Lula e Ciro juntos'. Deverá provar que tamanho é documento.

Metralhadora foi invenção de 1861. O que partidos giram em campanhas eleitorais é mera variação.


Editorial

CONSENSO PARA 20 ANOS

O grupo de parlamentares e acadêmicos dos mais importantes partidos políticos do país, sob a coordenação do cientista político Hélio Jaguaribe, fez entrega à Câmara dos Deputados do documento intitulado 'Brasil: para um Projeto de Consenso', sugerindo metas e diretrizes de desenvolvimento para os próximos 20 anos, abrangendo, portanto, período de cinco mandatos presidenciais. Entre os 24 signatários do documento estão a deputada Yeda Crusius, do PSDB; o deputado Aloizio Mercadante, do PT, coordenador do programa econômico de Luiz Inácio Lula da Silva; a deputada Rita Camata, candidata a vice-presidente na chapa do tucano José Serra; e o senador Roberto Freire, presidente do PPS do candidato Ciro Gomes.

O estudo assinala que as tensões ligadas ao subdesenvolvimento só desaparecerão no fim de 20 anos se adotado um consenso que contemple um cenário com 15 objetivos macroeconômicos, que vão desde um crescimento progressivo do salário mínimo até alcançar, em 2022, o valor de seis vezes o atual; a redução do desemprego, dos atuais 20% para 5% em duas décadas; a criação de 38 milhões de novos empregos no mesmo período; a diminuição de vulnerabilidade do país diante do capital globalizado; até a erradicação do analfabetismo e da fome.

O texto, de 57 páginas, ao qual se adiciona um anexo estatístico, com os indicadores macroeconômicos dos últimos anos, é o resultado de seis meses de trabalho. Trata-se, a rigor, de um excelente diagnóstico sobre a realidade, com metas traçadas para sua modificação para melhor, sem, contudo, apontar o 'como fazer'. O cientista político Hélio Jaguaribe, que coordenou o grupo batizado de Comitê de Consenso, defende a idéia como o único caminho viável para que o Brasil, em 20 anos, possa entrar para o seleto clube dos países desenvolvidos, lembrando a Espanha, que com o Pacto de Moncloa, em 1977, marcou a transição do regime de exceção, após a morte do ditador Francisco Franco, para a democracia. O consenso político foi fundamental para a Espanha enfrentar e superar a crise econômica. Como a intenção do Comitê de Consenso é, oferecendo um diagnóstico e estabelecendo diretrizes macroeconômicas, proporcionar um debate produtivo sobre os principais problemas brasileiros, o documento está sendo recebido como importante contribuição para que se busque, então, o 'como fazer'.


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08/08/2002


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