Motta cobra presença e explicações de Lula em debate da Band
O senador João Batista Motta (PSDB-ES) pediu, nesta sexta-feira (6), que o candidato à reeleição à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, compareça ao debate da Grupo Bandeirantes de Comunicação neste domingo (8). Pediu também que o presidente leve respostas à população sobre falhas cometidas pelo governo em áreas como o agronegócio, a saúde e a malha rodoviária do país.
Motta afirmou que o presidente Lula deve também dar explicações sobre o dinheiro apreendido que seria destinado à compra de um dossiê que supostamente prejudicaria políticos do PSDB, num total de R$ 1,7 milhão, incluindo uma parte em dólar. O senador acha que o presidente deve falar também sobre o que chamou de falência do agronegócio e sobre a manutenção da cotação do dólar que prejudica a agricultura. E ainda sobre os juros do cartão de crédito, que têm variado em torno de 150%, o que permite ganhos enormes para os banqueiros, como destacou o parlamentar.
- Parlamentares petistas responsabilizam os banqueiros pelos lucros milionários no ano passado. A responsabilidade é do governo, que mantém a porta aberta - disse
Ao criticar a postura do governo federal de condenar as privatizações realizadas na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, João Batista Motta quis saber por que essas empresas não foram reestatizadas agora, na gestão de Lula. O senador pelo Espírito Santo garantiu que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal não serão privatizados com uma possível vitória de Alckmin e pediu que a base governista pare de tentar enganar a população e os funcionários dessas empresas. Negou que Fernando Henrique Cardoso tenha deixado uma herança maldita, como alegam os petistas, e questionou:
- O que seria do PT se não tivesse um ex-tucano no Banco Central? Por que ele não levou a senadora Heloísa Helena e, em vez disso, mandou expulsá-la do PT? Por que não levou o senador Paulo Paim? - analisou.
O parlamentar criticou também a atuação da Petrobras, que se tornou auto-suficiente mas não diminuiu o preço do litro de gasolina, e a falta de investimentos na produção de energia. Para Motta, o Brasil só não enfrenta um apagão porque não cresceu o esperado nos quatro anos de gestão Lula. Reclamou também da falta de investimentos em estradas e do desperdício de dinheiro público que considera ter havido em operações como a "Tapa-Buraco", realizada este ano e destinada a recuperar as rodovias federais.
João Batista Motta conclamou ainda a população a meditar sobre o segundo turno das eleições, no próximo dia 29, e colocar no comando "quem tem condições de dar um choque ético e administrativo neste país".
06/10/2006
Agência Senado
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