Motta quer mais investimentos em portos e estradas
O senador João Batista Motta (PMDB-ES) reivindicou do governo federal mais investimentos em portos e estradas, para dinamizar as exportações. Em relação ao seu estado, o Espírito Santo, ele afirmou que meros R$ 2 milhões seriam suficientes para dragar o porto de Vitória, permitindo que navios de maior calado possam utilizá-lo.
Segundo ele, atualmente 56% dos navios que movimentam contêineres não podem usar o porto de Vitória. Uma operação técnica de análise identificou uma pedra que estaria obstruindo sua entrada e a melhor solução para sua remoção está em vias de ser divulgada, segundo a diretoria da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), observou.
Motta lembrou que, em recente visita ao estado, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, prometeu liberar R$ 5,6 milhões para as estradas de acesso e R$ 2 milhões para a dragagem do porto. E autorizou a contratação de duas empresas de consultoria para avaliar pedido de um grupo empresarial, de construção de novo estaleiro no terminal de Barra de Riacho.
- Vou torcer para que tudo isso aconteça. Acredito que o governo federal tenha condições de atender às necessidades do país. Trata-se, apenas, de vontade política e determinação. Sugiro a criação de uma câmara de gestão para portos e estradas, que funcionaria como a da energia elétrica, que resolveu o -apagão- no governo passado. Assim, poderíamos dar às exportações a prioridade que governo e empresas consideram relevante para o futuro do país - observou.
Ao terminar seu pronunciamento, Motta disse que o congestionamento de cargas nos portos, os buracos e quebra-molas nas estradas de rodagem, e ferrovias e hidrovias em número insuficiente são alguns dos gargalos que o Brasil precisa superar, se quiser dinamizar as exportações e a economia em geral.
Em aparte, o senador Alberto Silva (PMDB-PI) aplaudiu a idéia de criar uma câmara de gestão para portos e estradas, por entender que somente uma concentração de esforços pode resolver esse problema. Segundo ele, o Brasil perde R$ 13 bilhões por ano em aumento em fretes e gasto inútil de combustível e peças em função das estradas deterioradas. Um investimento de apenas R$ 1,6 bilhão pode reconstruir 11 mil quilômetros, garantiu.
07/06/2004
Agência Senado
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