Mozarildo aconselha o uso das riquezas naturais para o pagamento da dívida



Preocupado com notícias veiculadas recentemente pelos jornais de que o governo vem tendo despesa recorde com o pagamento de juros, o senador Mozarildo Cavalcanti (PPS-RR) sugeriu nesta segunda-feira (2) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faça uma exploração racional das riquezas naturais do Brasil para o pagamento da dívida pública do país. Para ele, aos credores não interessam o pagamento da dívida. Já o Brasil, quanto mais cedo se livrar dela, poderá contribuir para melhorar as condições de vida da população.

Mozarildo argumentou que só na Amazônia existem muitos recursos naturais, como minérios e madeira, que não são explorados porque se encontram em reservas indígenas. O senador reconheceu que a dívida não foi constituída no governo Lula, mas comentou que até agora, em sua opinião, também não viu o Executivo encontrar uma solução que não sacrifique ainda mais a população. Conforme o parlamentar, enquanto o governo continuar a pagar esse montante de juros, não poderá investir em ação social.

O senador citou em seu discurso reportagens veiculadas no último sábado (31) pelos jornais Folha de S. Paulo, o Estado de S. Paulo e O Globo, que estamparam manchetes como "Juro consome economia feita pelo país"; "País gasta 81 Fome Zero em juros"; e "País cumpre meta de superávit e gasta 9,49% do PIB em juros".

Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) concordou que a nação poderia canalizar esses recursos para outras finalidades mais prementes, como a distribuição da renda.



02/02/2004

Agência Senado


Artigos Relacionados


Em debate, a exploração sustentável de riquezas naturais em terras indígenas

Brasil pode ser potência agrícola com preservação das riquezas naturais, diz presidenta

Usina de Belo Monte não compromete as riquezas naturais do país, diz especialista

Saturnino quer limite para pagamento de dívida

Punição para crime tributário poderá ser extinta com pagamento de dívida

Para Ademir Andrade, pagamento da dívida impede reajuste do funcionalismo