Para Ademir Andrade, pagamento da dívida impede reajuste do funcionalismo
- O governo vai dar 6% de aumento para os funcionários, o que é um índice completamente inexpressivo para uma categoria que registra uma perda de 80% nesses seis anos que está sem reajuste. Isso impõe um enorme sacrifício aos funcionários e não resolve o problema da dívida - afirmou o senador.
Ademir Andrade lembrou que de junho de 2000 a maio de 2001 o governo arrecadou R$ 44 bilhões a mais do que gastou. Só que, no mesmo período, precisou pagar R$ 102 bilhões de juros. Isso significa que deixou de pagar R$ 68 bilhões, que se somaram ao capital da dívida.
- O pior é que tudo o que o governo Fernando Henrique Cardoso tira do povo brasileiro não dá para pagar nem 40% do serviço da dívida pública interna. Os restantes 60% se somam ao capital da dívida fazendo com que ela aumente de maneira astronômica, não tendo mais como ser paga - disse o senador.
Para Ademir Andrade, o novo acordo que a equipe econômica do governo negociou com o Fundo Monetário Internacional "é um desastre", não tem nenhuma conseqüência positiva nem traz qualquer melhoria para a situação econômica do país.
- O governo está obedecendo as ordens do FMI de maneira impensada, sacrificando o Brasil para pagar a dívida sem resolver o problema. Logo vamos estar piores que a Argentina - alertou.
Ademir Andrade considera que o problema mais sério que o governo não quer enfrentar é o da dívida externa. Em sua opinião, a suspensão desses desembolsos garantiria os recursos para os investimentos internos e não teria as conseqüências nefastas que os banqueiros insistem em divulgar. O senador ressaltou que todos os importantes setores da economia brasileira são dominados por empresas multinacionais, que não teriam interesse em deixar o país quebrar.
08/08/2001
Agência Senado
Artigos Relacionados
Ademir Andrade quer votar projeto que impede privatização da usina de Tucuruí
ADEMIR QUER ALTERAR A CONSTITUIÇÃO EM RELAÇÃO AO PAGAMENTO DA DÍVIDA
ADEMIR DEFENDE 11,98% PARA FUNCIONALISMO
CAE é favorável a reajuste de 1% para funcionalismo
Alckmin anuncia reajuste para o funcionalismo
ALCKMIN ANUNCIA REAJUSTE PARA O FUNCIONALISMO PÚBLICO