Mozarildo apela para o bom senso do eleitor
O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) disse nesta terça-feira (13) em Plenário que espera que os eleitores votem com bom senso no pleito de outubro. Ele disse não acreditar no senso comum segundo o qual "o povo tem memória curta" ou "não sabe votar".
Mozarildo referiu-se especificamente a um episódio que diz respeito às alianças em seu estado, Roraima. De acordo com ele, na disputa de 2006, que culminou na eleição do governador Ottomar Pinto (PSDB) - falecido em 2007 -, o atual líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) fez dura oposição à chapa vencedora. Mozarildo chegou a citar trechos de um pronunciamento feito por Jucá da tribuna do Senado, em 2006, em que este se referia a Ottomar Pinto como "bandido".
O mesmo Romero Jucá, ainda de acordo com Mozarildo, é hoje aliado de José de Anchieta Júnior, que assumiu o cargo de Ottomar Pinto, em sua disputa pelo governo do estado. Jucá concorrerá à reeleição pelo Senado.
- Não adianta Ministério Público, não adianta Justiça Eleitoral, se o eleitor - ele que vota, que elege - não tiver a consciência de que ele é que tem que filtrar quem presta e quem não presta. Ele é que tem que ver, durante uma campanha, como é o procedimento do candidato - disse.
Protesto
Mozarildo também registrou, em solidariedade ao senador Alvaro Dias (PSDB-PR), seu protesto diante da decisão do presidente do Senado, José Sarney, de não reprisar as sessões do Senado à noite durante o período eleitoral. Para ele, é natural que o Senado seja palco de discussões eleitorais.
- Há 81 dias das eleições, não discutir as eleições aqui seria como se o Senado não fizesse parte da Nação - disse.
O senador afirmou que prosseguirá denunciando, em todos os dias em que houver sessões, aquilo que considera desmandos da administração em seu estado.
- Entre as ações do meu mandato está justamente aquela de analisar o pleito eleitoral no meu estado, na minha região e no meu país. Senão, não teria sentido dizer que esta tribuna é livre e que o povo tem direito ao debate - disse.
13/07/2010
Agência Senado
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