Mozarildo apoia pedido de incentivos para pesquisa científica na Amazônia Legal




O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) endossou em Plenário nesta segunda-feira (11) as reivindicações contidas na "Carta de Boa Vista", documento produzido durante a realização do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Graduação das Universidades Federais e Estaduais da Região Norte, de 9 a 11 de maio, especialmente a que pede o aumento no número de pesquisadores e cursos de Mestrado e Doutorado nas universidades da região.

- Nas faixas de fronteira, temos ouvido a unanimidade de institutos de renome como o Instituto Evandro Chagas, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), o Instituto de Tecnologia do Amazonas, que carecem de pesquisadores e doutores porque não se abrem concursos nessas áreas. Subordinados ao governo, quebra-se o galho com bolsas e pesquisadores emprestados - assinalou, ao destacar pontos da carta, com o auxílio do consultor legislativo João Antônio Cabral Monlevade.

Mozarildo salientou que as universidades federais do Amapá, Amazonas, Acre, Pará, Mato Grosso e Tocantins e o Instituto Federal de Pesquisa do Amazonas e o Centro Universitário do Pará participaram do encontro. O senador lembrou que os estudantes, após graduar-se, vão pra outros estados em busca de cursos de pós-graduação, como Rio de Janeiro e São Paulo e não retornam à região por encontrarem oportunidade de trabalho nessas outras regiões.

No documento, os pró-reitores pedem, entre outras reivindicações, a superação das assimetrias regionais em seus aspectos científicos e tecnológicos do desenvolvimento; e aumento número de cursos de pós-graduação stricto sensu. Segundo o senador, os reitores pedem que o governo mantenha o Programa Novas Fronteiras da Coordenação de Aperfeiçoamento do Ensino Superior (Capes) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Para isso, dizem os especialistas, é necessário formação de pesquisadores e tecnólogos, atração e fixação de doutores e expansão do setor de pesquisa e pós-graduação, acrescentou o parlamentar.

Também é necessário, disse o senador, maior número de doutorados institucionais; mais bolsas aos docentes locais em universidades brasileiras e do exterior e programas de pós-graduação e criação de programas de pró-graduação em rede, com prioridade para áreas estratégicas de desenvolvimento regional.

Apartes

Em aparte, a senadora Ana Amélia enfatizou a importância da integração do Brasil com outros países nas fronteiras. O senador lembrou que a Amazônia possui mais de 18 mil quilômetros de fronteiras com outros países e que, embora Dilma Rousseff tenha lançado o Plano Estratégico de Fronteiras, de modo geral, as fronteiras têm sido relegadas a segundo plano.

O senador Ataídes Oliveira (PMDB-TO), também aparteou o colega, para dizer que ao participar do encontro de governadores da Região Norte ouviu que o principal problema era de logística e dependia de investimentos de R$ 33 bilhões do governo federal. Assinalou que a Amazônia Legal permanece desconhecida do restante do país, razão pela qual é natural a evasão de jovens para continuarem seus estudos em outras regiões.



11/07/2011

Agência Senado


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