Mozarildo Cavalcanti defende soja da Amazônia



Observando que os produtores americanos de soja só são competitivos à custa de pesados subsídios do governo, o senador Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR) afirmou nesta terça-feira (23) que se os agricultores da Amazônia puderem fazer seu produto chegar ao mercado internacional, acabarão por deslocar a soja americana.

Classificando como extraordinário o potencial para a produção de soja na Amazônia, o parlamentar disse que essa lavoura não está avançando sobre a floresta nem causando problemas ambientais. Em sua opinião, o único problema da soja ali é a dificuldade de transporte. Ele disse que, se o governo brasileiro fizer os investimentos necessários na BR-163, a Cargill, principal compradora do produto, já tem planos para um novo terminal graneleiro em Santarém.

Mozarildo disse ainda que, com a facilidade de escoamento, a produção amazônica de soja poderia disparar, trazendo ao país divisas fundamentais para a solução dos problemas econômicos e sociais do país. O senador lamentou que, mesmo assim, organizações não-governamentais continuem veiculando teses alarmistas, tentando convencer a opinião pública dos centros decisórios do país de que a soja ameaça a floresta tropical úmida.

De acordo com o senador, é a ação dessas ONGs que embarga obras de hidrovias na Amazônia, impedindo assim a redução do custo de transporte da produção agrícola da região.

- Em nenhum outro lugar do mundo, obras de hidrovias são bloqueadas por questões ambientais, só na Amazônia - reclamou Mozarildo.

A esse respeito, ele disse que não é por mero acaso que a maioria dessas ONGs têm sede nos Estados Unidos, justamente o país que mais perderá se o Brasil conquistar posições no mercado mundial da soja.

- Deixemos de dar ouvidos a esses mistificadores - pediu o senador, acrescentando que a maior ameaça à Amazônia "é a ignorância por parte de brasileiros até bem-intencionados, mas excessivamente crédulos".



23/04/2002

Agência Senado


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