Mozarildo Cavalcanti lamenta abandono de fronteiras na Amazônia
O senador Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR) aproveitou a retomada dos trabalhos legislativos para registrar seu -inconformismo- com o tratamento dispensado pelo poder público à Amazônia. Diante do avanço e da -institucionalização- do crime organizado nas fronteiras da região, Mozarildo diz que o governo só tem adotado -medidas paliativas- para enfrentar o contrabando de armas e o tráfico de drogas. -Não se está buscando cuidar da doença combatendo as suas causas-, afirmou.
Segundo o senador pefelista, mais de 11 mil quilômetros de fronteira encontram-se desguarnecidos na região amazônica. Em Roraima, por exemplo, a passagem livre que se estabeleceu na BR-174 - ligação do Brasil com a Venezuela - levou a rodovia a ser popularmente chamada de -transmuambeira-.
Em vez do fortalecimento das instituições encarregadas de coibir a venda ilegal de armas e entorpecentes, Mozarildo lamenta assistir ao -sucateamento- do aparato da Polícia Federal e à -desmobilização- de tropas das Forças Armadas. Na sua opinião, a única boa notícia relativa à segurança da região é a recente inauguração do Projeto Sivam (Sistema de Vigilância e Monitoramento da Amazônia), destinado a promover a ocupação racional e a vigilância de fronteiras ao norte do País.
-Este é um avanço que precisa ser garantido, aperfeiçoado e mantido para que a Amazônia não seja a porta de entrada de problemas, mas de soluções para o país-, declarou. A superação dessa realidade, conforme acrescentou, também passa pelo estímulo ao desenvolvimento da região. Cauteloso quanto à eficiência da Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADA), substituta da extinta Sudam, o senador roraimense defende a transformação da Zona Franca de Manaus em Agência de Desenvolvimento da Amazônia Ocidental.
01/08/2002
Agência Senado
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