Mozarildo Cavalcanti pede política nacional em defesa da adolescência




O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) defendeu nesta quinta-feira (24), no Plenário, a criação de uma política pública de apoio à adolescência. O senador comentou a divulgação do relatório global do Unicef Situação Mundial da Infância 2011 - Adolescência: Uma Fase de Oportunidades, disponível no site da entidade.

De acordo com o senador, o Unicef destacou, no Caderno Brasil, que as políticas para infância no país estão caminhando bem.

- Há avanços em termos de educação e saúde, mais escolarização, menor mortalidade e mais vacinação. No entanto, não basta apenas melhorar os índices. O Brasil requer medidas urgentes para universalizar o ensino e para eliminar a mortalidade infantil - disse o senador.

Mozarildo chamou a atenção para os dados levantados pelo relatório do Unicef sobre a adolescência no Brasil, já que menos avanços foram observados em áreas que afetam os adolescentes. As reduções na taxa de mortalidade infantil entre 1998 e 2008 mostram que foi possível preservar a vida de mais de 26 mil crianças. No entanto, no mesmo período, 81 mil adolescentes brasileiros, entre 15 e 19 anos de idade, foram assassinados.

- É essencial uma resposta rápida do governo. É preciso atenção com o desequilíbrio regional, pois o relatório mostra índices piores no Norte e no Nordeste - afirmou o senador.

Mozarildo disse que as políticas do governo voltadas para a adolescência têm tido pouco efeito. Como exemplo, lembrou que a iniciação sexual ocorre cada vez mais cedo e é menor o uso de métodos contraceptivos entre os adolescentes, com consequências como gravidez indesejada e Aids. Para cada novo caso de Aids entre os meninos há um caso e meio entre as meninas. A possibilidade de vir a ser vítima de homicídio é 12 vezes maior entre adolescentes meninos, se comparada ao resto da população.

O senador disse ainda que as políticas de governo devem ter uma linguagem própria da adolescência.

- É preciso ouvir os adolescentes. Eles votam, por que não seriam ouvidos na definição de políticas públicas voltadas para eles mesmos? - questionou.

O senador também defendeu o envolvimento de todos os ministérios nas políticas de apoio e defesa da adolescência.

- Se não cuidamos da adolescência, que adultos vamos ter? Quais serão os adultos que vão comandar o país na próxima geração? - indagou o senador.

O relatório ainda mostra que 11% dos brasileiros têm entre 12 e 17 anos - uma população de mais de 21 milhões de adolescentes.

- Precisamos discutir já essas questões, sob pena de perder toda uma geração - finalizou.



24/03/2011

Agência Senado


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