MOZARILDO DEFENDE MUDANÇA NO MODELO DE AVALIAÇÃO DO "PROVÃO"



Ao fazer um balanço do Processo de Avaliação dos Cursos de Graduação, iniciada em 1996 pelo Ministério da Educação, o senador Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR) criticou o modelo de avaliação, dizendo que o que se faz, atualmente, é um retrato de um pedaço da universidade em um determinado momento. Para ele, é preciso uma avaliação contínua, que leve em conta o conjunto da universidade, seu histórico, sua vocação e as diversidades regionais.O senador explicou que a avaliação é feita por intermédio de dois instrumentos: o Exame Nacional de Cursos, conhecido como Provão, e a Avaliação das Condições de Oferta dos Cursos de Graduação. O Provão avalia um curso por meio do desempenho dos alunos que estão se formando, enquanto a Avaliação das Condições de Oferta é feita por comissões de especialistas que visitam os cursos para verificar a qualidade do corpo docente, a organização didático-pedagógica e as instalações.Os cursos avaliados por três vezes consecutivas com notas "D" ou "E" no Provão ou "insuficiente" na Avaliação das Condições de Oferta são submetidos a um processo de renovação de conhecimento. Uma nova avaliação é feita no local por especialistas, e um relatório é elaborado para o Conselho Nacional de Educação, que decide se o curso poderá ou não continuar a funcionar.Mozarildo frisou que o Provão não é ruim, mas criticou a avaliação de massa aplicada a instituições muito diferenciadas. Em diversas regiões, disse o senador, os cursos podem enfatizar especificidades de currículo que devem ser levadas em conta na avaliação de uma instituição.- O Provão constitui, portanto, passo importante no aprimoramento do ensino superior. Mas não é suficiente. Impõe-se avançar na metodologia de avaliação - disse Mozarildo lembrando ainda que é preciso maior responsabilidade ao divulgar os resultados do Provão para evitar equívocos.

13/01/2000

Agência Senado


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