Mozarildo diz que é preciso mudar a mentalidade de algumas entidades ambientalistas na Amazônia



O senador Mozarildo Cavalcanti (PPS-RR) afirmou que é necessário mudar a mentalidade de algumas entidades ambientalistas e organizações não governamentais que atuam na Amazônia e que "só vêem as necessidades da floresta, mas se esquecem do homem em busca de melhor qualidade de vida, para o qual a floresta é menos paisagem para contemplação e mais oportunidade econômica legítima".

- Muitas dessas entidades querem encerrar a Amazônia numa espécie de redoma de vidro, subtraindo tudo, ao máximo, da exploração econômica. A economia produtiva não é vista como um imperativo que deve ser harmonizado com a preservação da floresta, mas apenas como inimigo da floresta que deve ser contido a todo custo, para que a integridade e a pureza da mata não sejam maculadas - disse.

Essa posição, destacou o senador, não é a mesma expressa pelo geógrafo norte-americano David MacGrath, professor da Universidade do Pará, sobre a Amazônia, em entrevista publicada na edição do dia 12 de novembro último na revista Veja. Segundo Mozarildo, Mac Grath diz que a floresta não sobreviverá caso se tente esquecer uma realidade que existe, que é a ocupação econômica da floresta.

- O que ele propõe são políticas realistas para lidar com o problema, de modo a minimizar o impacto ecológico destrutivo que o processo de ocupação da Amazônia inevitavelmente impõe aos recursos naturais da região. Ele defende políticas de racionalização do processo de desenvolvimento que levem em conta o interesse de preservação dos recursos naturais, em conjugação com a legítima aspiração do povo por melhores condições de vida. Ou seja, o homem não pode esquecer a floresta, mas a floresta tampouco pode esquecer o homem - argumentou.

Mozarildo manifestou sua expectativa de que o desenvolvimento econômico possa ser ordenado e disciplinado pelo Poder Público, por pressão da sociedade, de modo a provocar os menores riscos possíveis à existência do patrimônio natural amazônico.



30/01/2004

Agência Senado


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