Mozarildo diz que presidente do Incra não pode "criar ódio de classe"



O senador Mozarildo Cavalcanti (PPS-RR) disse em Plenário nesta quinta-feira (25) que "não se pode criar ódio de classe no país", referindo-se a declaração do presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, que culpou setores que se auto-intitulam integrantes do agronegócio pela violência no campo.

Para o parlamentar, "um membro do governo tem de se postar acima das questões ideológicas ou partidárias" e pensar o Brasil como sendo de todos os brasileiros. As autoridades, acrescentou, não podem perder o equilíbrio e a serenidade no trato da coisa pública. Mozarildo disse ainda que o presidente do Incra precisa explicar melhor a acusação que fez.

Em contrapartida, Mozarildo elogiou a postura do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, que respondeu à acusação "com elegância acima do normal". Em vez de rebater simplesmente a acusação, disse, o ministro fez uma definição muito completa do agronegócio. O senador enfatizou ainda que essa atividade econômica, "indispensável para um país continental como o Brasil", hoje responde por 34% do Produto Interno Bruto (PIB) e 40% dos empregos no país.

Para Mozarildo, da mesma maneira que não se pode responsabilizar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) pelo que fazem alguns de seus membros, não se poder jogar a culpa a todos os empresários agrícolas por ato cometido por um deles. Ele pediu a transcrição, como parte de seu discurso, de reportagens publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo sobre o tema de seu discurso.



25/11/2004

Agência Senado


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