Mozarildo insiste na criação de novos estados e territórios



Considerando como bem-sucedida a experiência de criação dos estados de Roraima, Amapá, Rondônia, Acre, Mato Grosso do Sul e Tocantins, o senador Mozarildo Cavalcanti (PPS-RR) pediu que sejam criadas novas unidades na Federação brasileira, na sua opinião, uma valiosa medida para reduzir as desigualdades regionais.

- Quero insistir na necessidade e urgência da criação do estado de Tapajós, no oeste do Pará; dos territórios do Rio Negro, Solimões e Juruá, no oeste do Amazonas; e do estado do Araguaia, no norte de Mato Grosso - pediu o parlamentar.

Mozarildo se disse convencido de que a iniciativa contribuirá para o desenvolvimento sustentado das regiões mais pobres do país e para um maior equilíbrio na distribuição dos recursos públicos, reduzindo o predomínio do Sul e do Sudeste na concentração das riquezas nacionais.

- Ou a União, diretamente e por meio das entidades que controla, assume a decisão política de aumentar os investimentos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, ou veremos um Brasil cada vez mais desigual, cada vez mais dividido entre ricos e pobres, cada vez mais injusto.

Para o parlamentar, o mapa do Brasil é um retrato das desigualdades regionais. Só o estado do Amazonas, com um 1,6 milhão de quilômetros quadrados, tem área maior que a dos sete estados do Sul e do Sudeste juntos. Juntando o Amazonas ao Pará, que tem 1,3 milhão de quilômetros quadrados, e ao Mato Grosso, que tem 930 mil quilômetros quadrados, Mozarildo apontou que apenas os trêsd estados somam quase a metade do país.

Na opinião do senador, esses estados gigantescos são ingovernáveis, além de verdadeiros latifúndios. Com o grosso de suas populações concentrada nas capitais e arredores, eles abrangem imensas áreas perigosamente abandonadas na extensa faixa de fronteira, acrescentou o senador, lembrando ainda que as enormes distâncias dentro de cada estado dificultam a administração pública e a adoção de programas e ações de interiorização do desenvolvimento. Mozarildo disse que é urgente mudar essa situação.



21/11/2003

Agência Senado


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