Mozarildo lê alerta da maçonaria sobre a soberania nacional
O senador Mozarildo Cavalcanti (PPS-RR) leu documento da Conferência da Maçonaria Simbólica do Brasil que alerta para o risco da homologação em área contínua da reserva Raposa/Serra do Sol, em Roraima, criar uma nação indígena reconhecida internacionalmente dentro do território brasileiro. Os maçons e o senador temem que a partir dessa decisão possa ocorrer um processo que termine na desnacionalização da própria Amazônia. Reunidos em Manaus (AM) entre os dias 2 e 6 de julho, representantes de 27 lojas maçônicas brasileiras opinaram que a região amazônica não pode continuar sendo vista como espaço aberto para a implantação de programas desenvolvimentistas que ignorem as necessidades e os interesses regionais, nem como uma enorme reserva ecológico-indígena a ser mantida intocável. Citando dados levantados pela maçonaria, Mozarildo, que também é maçom, informou que os cerca de 400 mil índios, que vivem em 554 reservas no país, representam 0,24% da população brasileira e detêm 12% do território nacional. Se a Raposa/Serra do Sol for demarcada em área contínua, acrescentou, 11 mil índios ocuparão uma área de 1,6 milhão de hectares. Ele informou que atualmente 47% do território de Roraima já são considerados terra indígena. Em aparte, o senador Edison Lobão (PFL-MA) comentou que ninguém é contra os interesses dos índios, mas ele discorda que, a pretexto de proteger a população indígena, o país esteja entregando parcela considerável do seu território para tão poucos índios, em detrimento dos demais brasileiros. Ele acrescentou ainda que as demarcações não têm servido nem para a preservação da natureza.
05/08/2004
Agência Senado
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