Mozarildo pede mais empenho do governo em ações de saúde
O senador Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR) conclamou, nesta terça-feira (3), as autoridades de saúde a dedicarem mais atenção, atitude e ação na melhoria dos indicadores de esperança de vida saudável no Brasil. Referindo-se ao mais recente relatório sobre o assunto apresentado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), ele pediu empenho governamental naquilo que -é contingente, pode ser revertido ou alterado para melhor, porque já basta termos que lidar com uma enorme parcela de imponderável-.
De acordo com Mozarildo, o estudo da OMS revela que 40% das mortes no mundo têm causas perfeitamente identificadas, sendo passíveis de reversão. Em ordem decrescente de impacto, ele enumerou as seguintes causas: subalimentação, sexo sem proteção, hipertensão arterial, tabagismo, alcoolismo, má qualidade da água, colesterol, emissão de gases poluentes, carência de ferro e obesidade.
O parlamentar disse que, no campo da distribuição e do acesso aos alimentos, o grande problema que o Brasil enfrenta é o da fome, o que levou o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva a anunciar, em seu primeiro pronunciamento à nação, o lançamento do programa Fome Zero. Isso em razão do elevado percentual de brasileiros que não consegue gerar renda mínima suficiente para garantir uma alimentação regular.
Na opinião de Mozarildo, uma política integrada de saúde deve levar em conta os dados divulgados pela OMS para fazer uma abordagem sistêmica dos principais males que afetam a saúde de nossa população. O fato de haver contestação à metodologia da OMS no Brasil e em outras nações não deve levar à desconsideração do estudo, até porque esses países são membros da OMS.
O relevante, conforme o parlamentar, é que se tenha em mente a existência do problema e que se cobre do Ministério da Saúde -uma postura pró-ativa agressiva e não a mera reatividade ou a contestação inócua- do relatório da OMS. No seu entender, políticas públicas eficientes são o mínimo que se espera de um órgão do governo que recebe ponderável fatia do orçamento público.
03/12/2002
Agência Senado
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